Nesta sexta-feira (12/7), os jogadores da seleção francesa de rugby Hugo Auradou e Oscar Jegou foram formalmente acusados por estupro agravado de uma mulher em Mendoza, oeste da Argentina, no último fim de semana.
Segundo um comunicado da Promotoria de Mendoza, a promotora Cecilia Bignert acusou os dois atletas “por crime de abuso sexual com acesso carnal agravado pela participação de duas pessoas”.
A nota acrescentou ainda que Auradou, de 20 anos, e Jegou, de 21, não fizeram declarações e ficarão detidos no centro de detenção temporária em Mendoza (1.000km a oeste de Buenos Aires), onde teriam ocorrido o incidente na madrugada do último domingo (7/7) após um amistoso, no sábado, contra os ‘Pumas’, como é conhecida a seleção argentina.
A Promotoria tem 10 dias para pedir a prisão preventiva e a defesa deverá solicitar a prisão domiciliar, para a qual deverão estabelecer domicílio em Mendoza e passar por exames psicológicos.
Após o anúncio da acusação, um dos advogados de defesa, Germán Hnatow, disse aos jornalistas que os franceses, que afirmam ter havido consentimento e negam ter agredido a suposta vítima, “estão bem e seguros da sua versão”.
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O crime
De acordo com um garçom do local, após a partida, os jogadores foram ao bar Beerlin, onde consumiram uma grande quantidade de álcool. No entanto, Andrés Civit, proprietário da Beerlin, disse ao site AFP que eles agiam “como qualquer outro consumidor habitual”.
Ainda ao site, Natacha Romano, advogada da mulher, disse que sua cliente conheceu Auradou em uma boate de Mendoza na madrugada de domingo e depois foi com ele ao Diplomatic Hotel, onde os jogadores estavam hospedados.
Depois de entrar no quarto, ele “a agarrou, a jogou na cama, começou a despi-la, bateu nela com violência feroz” e abusou sexualmente dela pelo menos seis vezes, descreve Romano.
Uma hora depois, Jegou entrou e “fez o mesmo selvagemente”, acrescentou a advogada. Ainda segundo a advogada, a mulher tem cicatrizes nas costas, mordidas, arranhões, marcas nos seios, pernas e costelas.
A acusação contra Auradou (abuso sexual com acesso carnal agravado pela participação de duas pessoas em associação com abuso sexual com acesso carnal) pode ser maior porque inclui a repetição do crime, explicou fonte do Ministério Público.
*Com informações d’O Globo