Em entrevista exclusiva ao programa Tribuna Livre, o ex-deputado federal e pré-candidato a Prefeito de Manaus, Marcelo Ramos (PT), fez duras críticas à gestão da segurança na cidade e ao papel desempenhado pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Ramos destacou a falta de atuação efetiva do presidente da Aleam, Roberto Cidade (União brasil), que também é pré-candidato à prefeitura.
Marcelo Ramos não poupou palavras ao criticar o atual presidente da Aleam. Segundo Ramos, o presidente, que deveria fiscalizar os atos do Executivo, tem se mostrado um “bajulador” do governador do Amazonas, Wilson Lima.
“A saúde tá um caos e ele não dá um pio. A segurança tá um caos e ele não dá um pio. Por quê? Porque ao invés de cumprir a sua função constitucional, de fiscalizar os atos do executivo, ele é um bajulador oficial do governador”, declarou.
“Então, ele não tem autoridade moral, política, institucional para dizer que vai resolver o problema da segurança da cidade de Manaus”, continuou Ramos.
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Uso de policiais militares na Aleam
Um ponto de grande destaque na fala de Ramos foi a denúncia sobre a utilização de 200 policiais militares para a segurança da Assembleia Legislativa.
“Para agravar essa situação, ele tem, não são dez, nem vinte, ele tem duzentos, ouçam, duzentos policiais militares na Assembleia Legislativa à disposição, para serem babás de 24 deputados”, criticou.
Ele argumentou que a presença de um número tão elevado de policiais desvia recursos importantes que poderiam ser melhor empregados no combate à criminalidade nas ruas de Manaus.
Ramos também criticou a disparidade nos gastos públicos, comparando o custo per capita de um cidadão manauara com o custo por deputado estadual. Segundo ele, enquanto cada cidadão custa R$ 4.500,00 por ano, cada deputado custa R$ 20,5 milhões. Essa diferença, segundo o ex-deputado, é uma demonstração clara da ineficiência e do alto custo da Aleam para o Estado.
“A Assembleia é um poder que custa muito caro para o Estado brasileiro e custa muito caro para entregar quase nada, porque hoje é uma carimbadora dos interesses do governador do Estado”, completou.
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