Nesta segunda (8/7), o presidente da França, Emmanuel Macron, pediu que o primeiro-ministro Gabriel Attal permaneça em seu cargo. De acordo com comunicado divulgado pelo governo, o pedido vem para “garantir a estabilidade do país”.
Macron recebeu o primeiro-ministro na manhã desta segunda (horário francês) e “agradeceu as campanhas eleitorais europeias e legislativas que liderou”.
A renúncia de Attal se deve ao resultado das eleições legislativas no país, realizadas no domingo (7). Após projeções iniciais das eleições indicarem o bloco de esquerda Nova Frente Popular emergir como a maior força no Parlamento francês, Attal, de centro-direita, anunciou que renunciaria ao cargo.
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Attal compareceu ao Palácio do Eliseu nesta manhã, mas Macron lhe teria pedido para ficar até que a situação política do país se defina. Porque, apesar de vencer o pleito e barrar a extrema direita, a esquerda não obteve o número mínimo de assentos no Parlamento francês necessários para indicar um primeiro-ministro.
Além disso, a Olimpíada de Paris começa daqui a poucos dias.
Pelo sistema político da França, semipresidencialista, o primeiro-ministro, indicado pelo partido ou coalizão que conquistam maioria no Parlamento, governa em conjunto com o presidente – este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo. Nas eleições de ontem, ninguém obteve maioria absoluta e a Assembleia Nacional viverá um período de profunda divisão. Após a eleição, fica a dúvida sobre quem governará a França de fato.
Attal ressaltou que, como nenhum bloco político conseguiu a maioria absoluta, ele continuaria no cargo “enquanto o dever assim exigir”. Não há prazo previsto na Constituição para o presidente nomear o seu primeiro-ministro.
Com informações de Metrópoles e UOL.