O governo federal já admite que dificilmente o Congresso Nacional inclua carne na cesta básica durante a regulamentação da reforma tributária. A ideia de isentar carne e frango de tributos ganhou apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da bancada ruralista, mas enfrenta resistência significativa nos bastidores da política.
Apesar do apoio presidencial e das intenções iniciais de isentar carne bovina, suína, ovina e caprina da tributação, a maior parte dos líderes partidários se mostra contrária à medida.
Segundo informações de bastidores, a principal preocupação é que a isenção de impostos para proteínas animais possa levar a um aumento na alíquota geral, afetando negativamente a população em geral e não promovendo a justiça social esperada.
A proposta original da reforma tributária previa uma alíquota reduzida de 60% para carne bovina, suína, ovina e caprina. Contudo, a maioria dos líderes acredita que a isenção pode gerar um efeito contrário ao desejado, pois, mesmo com um tributo sobre a carne, a população mais pobre teria direito ao “cashback”, um sistema de devolução do imposto na modalidade de crédito.
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A dificuldade em reverter a tributação dos carros elétricos
Além da questão sobre a cesta básica, o governo federal enfrenta desafios na tentativa de reverter a previsão de um imposto seletivo sobre os carros elétricos. Com o Brasil emergindo como o principal destino para carros elétricos chineses, a indústria nacional manifesta preocupações sobre a concorrência com veículos movidos a álcool e gasolina.
De acordo com auxiliares do governo, a solução ideal seria o aumento do imposto de importação para equilibrar a competição. No entanto, essa medida poderia desencadear uma crise diplomática com a China, nosso principal parceiro comercial no setor automotivo.
*com informações de CNN