Na manhã desta quinta-feira (04/06), o ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) e secretário de Transporte do Estado, Washington Reis, comentou a operação da Polícia Federal realizada em sua residência. Reis é investigado por um suposto esquema de fraude de cartões de vacina contra a Covid-19, que teria beneficiado o ex presidente Jair Bolsonaro, na época em que era prefeito.
Segundo ele, os agentes apreenderam papéis e objetos pessoais, mas não encontraram nada relacionado à vacinação nem a Bolsonaro.
“Foi um mandado do Supremo Tribunal Federal, do Alexandre de Moraes, querendo saber sobre o cartão de vacina do Bolsonaro. Reviraram a casa de cabeça para baixo, mas não tenho nada a esconder. Moro aqui há 57 anos, eles podem vir 600 vezes.”
“O que acho engraçado é que é sempre em época de eleição. Estou há dois anos esperando, não aparece nada. Mas vida que segue. Levaram papel, mas de vacina, zero. Não vou julgar e bater boca com a Justiça”, afirmou o político após a saída da PF.
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Reis está no foco da segunda fase da ‘Operação Venire’, deflagrada na manha de hoje, enquanto Bolsonaro e seus aliados foram alvos da primeira etapa. Segundo a Polícia Federal, o objetivo desta ação é identificar novos beneficiários do esquema.
Durante sua gestão como prefeito de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, Washington Reis teria sido a base para a inserção de dados falsos nas cadernetas de vacinação de Bolsonaro, Cid e da família Reis. A PF alega que os registros fraudulentos nos sistemas do Ministério da Saúde eram feitos pelo então secretário municipal de governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, nomeado por Reis.
Além de sua atuação como prefeito, Washington Reis também já foi vereador, deputado estadual por três mandatos e deputado federal por dois mandatos.
*com informações de O Globo