A advogada Luana Otoni de Paula, que foi presa suspeita de chamar um funcionário de uma companhia aérea de “macaco” no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, foi liberada um dia após a prisão cautelar.
O Tribunal de Justiça de MG entendeu que a suspeita de crime cometido pela mulher não “se revestia de gravidade objetiva” e, por isso, a liberou. A Justiça mandou soltar a mulher, a pedido de Ministério Público, no início da noite de segunda-feira (24), após audiência de custódia.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado sobre o caso, a mulher aparentava embriaguez e haveria caído enquanto entrava no avião. Então, um gerente de operações ofereceu atendimento médico e informou a mulher que ela seria realocada em outro voo.
Quando o funcionário começou a retirar seus pertences, a passageira, o agrediu com chutes e socos e o chamou de “macaco, preto, cretino, babaca”. Um outro funcionário também foi insultado ao tentar ajudá-la. Em vídeo de segurança do aeroporto, é possível ver a advogada chutando e dando tapas no funcionário.
Leia mais:
Injúria racial: advogada é presa por chamar funcionário de companhia aérea de ‘macaco’
Lei na Espanha impede prisão dos condenados por racismo contra Vini Jr.
Veja abaixo:
Ainda segundo o boletim de ocorrência, a mulher também chamou um piloto da aeronave de “comandantezinho”.
A Polícia Federal precisou ser chamada para conter a mulher e deu voz de prisão, encaminhando-a para a Polícia Militar.
Apesar da soltura de Luana, o tribunal definiu que ela vai ter de cumprir medida cautelar de comparecimento mensal em Juízo.
Após o ocorrido, a mulher perdeu cargo na OAB-MG. Luana presidia a Comissão de Direito de Moda na entidade mineira. A destituição foi anunciada em portaria na noite de segunda-feira pelo presidente da Ordem no estado, Sergio Leonardo.
*Com informações de UOL