O Kremlin ameaçou, nesta segunda-feira (24/6), os Estados Unidos com possíveis “consequências” e convocou a sua embaixadora na Rússia, um dia depois de um bombardeio ucraniano na Crimeia. De acordo com Moscou, o ataque foi realizado com mísseis americanos.
A Rússia afirma que o bombardeio da cidade de Sebastopol, na Crimeia, no domingo (23/06), foi realizado com mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos e carregados com ogivas de fragmentação. Segundo o governo russo, houve quatro vítimas fatais no ataque, sendo duas menores de idade.
O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, chamou o bombardeio de Sebastopol de “barbárie” e acusou Washington de “matar crianças russas”. Peskov disse:
“É evidente que a participação dos Estados Unidos nos combates, a sua participação direta, que leva à morte de cidadãos russos, tem que ter consequências. O tempo dirá quais”.
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, anunciou que havia convocado Lynne Tracy, embaixadora dos EUA em Moscou, para informá-la sobre “medidas de represália”.
No início do mês, o presidente russo, Vladimir Putin, criticou o envio de armas de longo alcance para a Ucrânia pelas potências ocidentais. Ele disse:
“Se alguém pensa que é possível fornecer estas armas a uma zona de guerra para atacar o nosso território (…), por que não temos o direito de enviar armas do mesmo tipo para regiões do mundo onde instalações sensíveis de países que agem contra a Rússia serão atingidas? Ou seja, a resposta pode ser assimétrica. Vamos pensar nisso”.
Sebastopol é uma cidade portuária da península da Crimeia, região que outrora pertencia à Ucrânia e foi anexada pela Rússia após a invasão de 2014.
*Com informações de UOL