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Polícia Federal retém em São Paulo palestino suspeito de integrar alto escalão do Hamas

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Um cidadão palestino, identificado como Muslim M. A Abuumar, e três familiares dele que desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram impedidos temporariamente de serem repatriados pela Polícia Federal (PF) neste sábado (22/06). A corporação cumpriu uma decisão liminar da Justiça Federal.

O grupo, que iniciou a viagem em Kuala Lumpur, capital da Malásia, foi impedido de entrar no Brasil, onde desembarcou na tarde de sexta-feira (21/06) em um voo da Qatar Airways, que partiu de Doha, capital do Catar.

Os agentes brasileiros afirmam que há a suspeita de que o palestino de 37 anos integre o alto escalão do Hamas. Ele seria um dos porta-vozes autorizados a falar em nome do grupo que promoveu os ataques terroristas em 7 de Outubro contra Israel.

Ainda de acordo com os investigadores, o homem integra a lista do FBI – a polícia federal americana – que monitora suspeitos de integrar grupos terroristas: a Terrorist Screening Center (TSC).


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Muslim M. A Abuumar está acompanhado da mulher – grávida de 7 meses – um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos. Abuumar emitiu no dia 13 de junho um visto de 90 dias para permanecer no Brasil. Já os outros três familiares são cidadãos malaios e não precisam de visto para entrar no país.

A suspeita dos investigadores é que Abummar tenha vindo ao Brasil para que a mulher tenha o filho. Deste modo, a criança nasceria brasileira, o que garantiria a naturalização e a permanência dos familiares no território brasileiro.

Para a PF, esse “modus operandi” foi observado em outras pessoas suspeitas de estarem vinculadas a organizações responsáveis por atos terroristas e que o cenário justifica o impedimento para entrarem no país.

Neste sábado, porém, a juíza plantonista Millena Marjorie Fonseca da Cunha, da subseção judiciária de Guarulhos, atendendo o pedido da defesa – que alegou que a PF não explicitou os motivos para impedir a entrada da família no Brasil – determinou que a extradição não fosse feita até “melhor compreensão dos fatos.”

A magistrada deu 24 horas para que a PF preste informações sobre o caso e ainda determinou que sejam tomadas providências necessárias para garantir atendimento médico-hospitalar para a mulher grávida.

*Com informações da CNN Brasil

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