A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta e a cigana Suyany Breschak, acusadas do assassinato do empresário Luiz Marcelo Ormond, permaneceram pelo menos duas horas em um motel em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos (RJ) em 20 de maio. A informação veio do depoimento à polícia de Leandro Jean Rodrigues Cantanhede, namorado de Suyany.
Naquela mesma data, o corpo do empresário foi descoberto no apartamento onde morava, após ter consumido um brigadeirão envenenado.
Segundo Leandro, a companheira pediu para ser levada ao Motel Tahiti, naquela região, para encontrar Júlia. Entretanto, ele disse não saber o propósito do encontro.
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No depoimento, Leandro afirmou que as mulheres se encontraram por volta das 20h. Porém, Suyany pediu para que o namorado a buscasse na pousada Laguna Beach, na Praia da Pitória, por volta das 22h. Ele relatou que as duas saíram do motel e chegaram à praia por conta própria.
A ida ao motel também foi confirmada pelo depoimento de Victor Ernesto de Souza Chaffi, ex-namorado de Suyany. Victor relatou que, por volta das 18h, Leandro avisou que teria esquecido as chaves de casa com Suyany e pediu que ele fosse buscar. Victor foi até o motel e pegou as chaves e seguiu com Leandro para a casa dele, em Araruama.
Na casa de Leandro, eles foram avisados pela cigana que deveriam ir para a pousada Laguna Beach. Victor diz que apenas naquele momento soube que Júlia estava com ela. Suyany teria pedido para Victor dormir no mesmo quarto que Júlia, pois ela teria dito estar com medo de dormir sozinha. Ele aceitou e pernoitou com Júlia em camas separadas. Nas informações passadas à polícia, não fica claro se Suyany e Leandro dormiram na pousada.
Na manhã seguinte, Júlia pediu a Victor que avisasse a Leandro para buscá-los. Victor afirma que Leandro e Suyany foram até a pousada. Logo em seguida, as duas teriam ido a um cartório para registrar uma espécie de contrato de compra e venda de carro.
Victor chegou a ser preso por receptação do carro do empresário Luiz. Ele foi colocado em liberdade após pagar a fiança de R$ 5 mil.
Relembre o caso
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia. Ele já estaria morto há vários dias.
Luiz havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato. Ela, uma garrafa de cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.
Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento e foi liberada. Ela então desapareceu e só se apresentou à polícia na noite em 4 de junho.
A principal linha de investigação da polícia é a de que Júlia teria cometido o assassinato por motivo financeiro, e o crime foi premeditado. A cigana Suyany, conselheira espiritual de Júlia, prestou depoimento e falou sobre as dívidas da psicóloga e que ela estaria fazendo programas para ganhar dinheiro, e que esta seria a motivação para querer se casar com o empresário. Agora, Suyany está sendo apontada como idealizadora do crime.
Júlia e Suyany se encontram presas pelo crime.
*com informações do Metrópoles.