Um erro de controlador de tráfego aéreo fez com que dois aviões ficassem a menos de 60 metros de colidir sob uma densa neblina, num aeroporto em Austin, estado norte-americano do Texas. O caso aconteceu em 4 de fevereiro de 2023 e só foi divulgado agora.
Os aviões envolvidos no incidente foram um Boeing 737-700 da Southwest, com 128 passageiros, e um Boeing 767-300 cargueiro da Fedex. O avião da FedEx estava na aproximação final para pousar no aeroporto de Austin quando quase colidiu com a parte superior do Boeing da Southwest, que estava acelerando na pista para decolar.
Ao perceber o jato da Southwest próximo, o piloto do cargueiro da Fedex arremeteu —e evitou o que teria sido um evento “catastrófico”.
Veja abaixo uma simulação do que ocorreu:
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O controlador de tráfego aéreo havia autorizado ambos os aviões a usarem a mesma pista. A Junta Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês) apontou que os pilotos da Southwest contribuíram para o incidente em Austin ao não informar ao controlador que precisavam esperar um tempo na pista antes de iniciar a decolagem.
Felizmente, os pilotos da FedEx avistaram a silhueta do jato da Southwest e subiram para evitar o perigo no último momento.
O membro da junta, Michael Graham, qualificou o incidente como uma falha na segurança aérea. Ele disse:
“Se não fosse pela manobra de última hora da tripulação da FedEx, poderíamos estar tendo uma discussão diferente hoje”.
O relatório do NTSB também culpou a Administração Federal de Aviação por não exigir que o aeroporto de Austin tivesse tecnologia que teria ajudado o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell a rastrear os aviões. Ele disse aos investigadores que não podia ver o jato da Southwest quando este se dirigia à pista. A falta de radar terrestre no aeroporto ou tecnologia para alertar os pilotos sobre o potencial de colisão também foi apontada pelo relatório.
O incidente chegou a provocar uma reunião de emergência da FAA (Administração Federal de Aviação, em inglês). Um painel de especialistas independentes concluiu no ano passado que a margem de segurança está diminuindo e que a FAA precisa de melhor pessoal e tecnologia para gerenciar o espaço aéreo nacional. Segundo a FAA, no ano passado houve 23 das mais graves “incursões na pista” — incidentes que envolvem um ou mais aviões em terra — em comparação com 16 em 2022.
*com informações do G1.