A cigana Suyany Breschak, que neste momento é suspeita de ser a mandante do assassinato do empresário Luiz Marcelo Ormond com um brigadeirão envenenado em maio, deve responder também pelo crime de sequestro do ex-companheiro. Segundo a investigação policial, ela tentou internar à força o ex-marido Orlando Ianoviche e a esposa dele em uma instituição para dependentes químicos em Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro.
De acordo com autoridades policiais de Minas Gerais, o inquérito está aberto na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Uberlândia. A apuração ainda não foi finalizada porque Suyany não havia sido encontrada à época.
Em agosto de 2022, o ex-marido de Suyany e a esposa foram abordados na BR-050 por quatro homens, forçados a entrar em um carro e levados para uma residência, que seria uma clínica de reabilitação. Segundo o grupo, o pedido foi feito pela mãe de Orlando, ou seja, a ex-sogra da cigana.
Ele explicou que a mãe nunca havia dado essa ordem, e os homens mostraram o telefone de quem fez o pedido. O número era de Suyany. Após a confusão, o casal deixou o local e prosseguiu com a viagem para Uberaba.
Agora que Suyany está presa, a delegacia de Uberlândia encaminhará uma carta precatória para que ela preste depoimento, e a investigação seja concluída.
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Relembre o caso
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia. Ele já estaria morto há vários dias.
A ex-namorada do empresário, Júlia Andrade, está presa por suspeita de ter cometido o assassinato, tendo envenenado o brigadeirão servido ao empresário com 60 comprimidos de morfina.
Luiz havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato. Ela, uma garrafa de cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.
Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento e foi liberada. Ela então desapareceu e só se apresentou à polícia na noite de terça (4/6).
A principal linha de investigação da polícia é a de que Júlia teria cometido o assassinato por motivo financeiro, e o crime foi premeditado. A cigana Suyany, conselheira espiritual de Júlia, prestou depoimento e falou sobre as dívidas da psicóloga e que ela estaria fazendo programas para ganhar dinheiro, e que esta seria a motivação para querer se casar com o empresário. Agora, Suyany está sendo apontada como idealizadora do crime.
Com informações de Metrópoles.