Uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza foi atingida nesta quinta-feira (6/6) por um bombardeio de Israel. Segundo o governo local, controlado pelo grupo Hamas, 40 pessoas morreram, incluindo cinco crianças.
Já de acordo com o Exército de Israel, morreram entre 20 e 30 pessoas.
As Forças Armadas de Israel admitiram ter atingido a escola, mas alegaram que os alvos eram terroristas do Hamas que estavam no interior do local e foram mortos na ofensiva. Já a UNRWA (agência da ONU para Refugiados Palestinos) negou e afirmou que a instituição vinhas servindo para abrigar palestinos deslocados por conta da guerra.
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Philippe Lazzarini, comissário-chefe da UNRWA, afirmou nas redes sociais que ataques a prédios da ONU em Gaza não podem se tornar “nova norma” na guerra, e chamou as alegações de Israel de “chocantes”.
A escola, localizada no campo de refugiados de Nuseirat, abrigava mais de 6 mil pessoas no momento do ataque. Segundo a UNRWA, não houve qualquer aviso sobre o bombardeio, registrado na região central do enclave.
Causadores do ataque devem ser responsabilizados, afirmou comissário. “Isso tem que parar”, disse Lazzarini em nota. Ele ainda escreveu:
“Atacar, mirar ou usar prédios da ONU para propósito militar são um desrespeito grotesco do Direito Humanitário Internacional. Os funcionários, as instalações e as operações da ONU devem ser sempre respeitadas”.
Mais de 180 prédios da UNRWA foram bombardeados por Israel em Gaza desde 7 de outubro. Nesses ataques, mais de 450 refugiados que buscavam abrigo em local seguro morreram, segundo dados da agência.
*Com informações de G1 e UOL