As advogadas da família Cardoso e do Salão Belle Femme, Lidiane Roque e Nauzila Campos, desmentiram o inquérito da Polícia Civil (PC-AM) que a mãe e o irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, lideravam uma seita religiosa, denominada ‘Pai, Mãe, Vida’. A declaração foi feita em coletiva de imprensa, na manhã deste domingo (2/06), em frente ao salão Belle Femme, no bairro Cidade Nova, zona Norte.
“Descarta essa questão de seita, essa questão de obrigatoriedade, de fazer funcionários, e até o absurdo de mencionar que até para clientes eram oferecidas drogas. Isso tudo é mentira, isso tudo é notícia falsa e essas notícias falsas elas terão responsáveis citados na Justiça”, declarou a advogada da família Cardoso, Nauzila Campos.
Apesar de ter mencionado que a droga não era oferecida no ambiente do trabalho, a advogada Lidiane Roque, provocada por Nauzila, declarou que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, ofereceu drogas a ela. “Eu respondi da mesma forma como a todos que eu questionei responderam: eu não tenho interesse, mas agradeço”, disse Lidiane, amparada por Nauzila. “A decisão de começar a usar droga é individual. Todas as pessoas envolvidas são adultas”, comentou.
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Sobre a suposta seita denominada ‘Pai, Mãe, Vida’ e os vídeos amplamente divulgados nas redes sociais, Nauzila destacou que são resultados do uso das drogas. “Por que nós dizemos que não existe seita, não existe ritual macabro? Porque todas as declarações deles, os vídeos que infelizmente circulam na internet, todos esses elementos de provas que estão no inquérito, e também circulam na internet, são frutos de alucinações extremamente severas de uma droga que está destruindo famílias. E essa família é só mais um exemplo”, pontuou.
A advogada ainda afirmou que a operação desencadeada pela Polícia Civil do Amazonas comandada pelo delegado Cícero Túlio, “salvou a vida do trio” envolvido no caso Djidja.
Segundo a Nauzila, se a operação acontecesse semanas antes, a ex-sinhazinha do Boi Garantido poderia estar viva. O relato das advogadas ocorre após a confirmação do nível alto de dependência química dos envolvidos.
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Operação Mandrágora
Batizada de Operação Mandrágora, as investigações da PC sobre a seita tiveram início há 40 dias. No inquérito, foi descoberto que a família Cardoso chefiava uma “seita” que induzia o uso de drogas. O grupo coletava droga ketamina [ou cetamina] em uma clínica veterinária e realizava a distribuição do remédio entre funcionários da rede de salões de beleza.