O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, confirmou nesta sexta-feira (31/5) que o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a usar armas fornecidas pelo governo norte-americano em ataques dentro da Rússia.
Na quinta-feira, militares do alto escalão afirmara à agência de notícias Reuters, em condição de anonimato, que os EUA haviam dado o aval para esse uso. Já hoje, em encontro de ministros da Otan em Praga, na República Tcheca, Blinken confirmou a notícia.
Segundo Blinken, o ataque ucraniano com armas norte-americanas seria uma tentativa de conter uma ofensiva russa na cidade estratégica de Kharkiv. Ele disse:
“Ao longo das últimas semanas, a Ucrânia pediu autorização para usar as armas que estamos fornecendo para se defender contra esta agressão, incluindo contra as forças russas que se concentram no lado russo da fronteira e depois atacam a Ucrânia”.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não confirmou se essas armas já foram usadas em ataques ao país vizinho, mas disse nesta sexta que isso será “questão de tempo”. Ele declarou:
“Eu acho que usar qualquer arma, qualquer uma do Ocidente, no território da Rússia, é uma questão de tempo”.
No entanto, Blinken fez questão de ressaltar que a autorização não significa que os EUA estejam entrando diretamente na guerra. “É uma defesa da Ucrânia. Autodefesa não é escalada”.
Os EUA têm ajudado a Ucrânia praticamente desde o início do conflito. Em abril, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um pacote de ajuda para a Ucrânia de US$ 60,8 bilhões (cerca de R$ 318 bilhões). Embora bilionária, a ajuda demorou meses para sair, após forte resistência do Partido Republicano em liberar mais verbas para guerras fora do país. A demora fez com que Zelensky reclamasse de forma velada a respeito disso, sem citar os EUA, nas suas redes sociais.
Com informações de G1.