O Vaticano divulgou nesta terça (28/5) um comunicado em que o Papa Francisco pede desculpas por ter usado termos depreciativos para a comunidade LGBTQIA+, durante um encontro da Conferência Episcopal Italiana (CEI) no último dia 20.
O conteúdo da fala do pontífice foi revelado por jornais italianos. Na ocasião, o papa se posicionou contra a entrada de homens abertamente gays nos seminários, e teria afirmado que os seminários já estão muito cheios de “frociaggine”, xingamento que poderia ser traduzido como “bichice” ou “viadagem”.
O comunicado diz:
“O papa nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de uma palavra”.
O texto ainda afirma:
“Como já afirmou em mais de uma ocasião: ‘Na Igreja há lugar para todos, para todos! Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há lugar para todos. Sejam como forem, todos”.
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O site Dagospia e o jornal Corriere della Sera foram os primeiros a divulgar a história. A informação ganhou as manchetes em todo o mundo e causou indignação entre os grupos de defesa LGBTQIAP+ e também entre os católicos praticantes.
A princípio, bispos da Igreja vieram a público tentar atenuar a fala, afirmando tratar-se de um mal entendido. Creditaram-na ao fato de o italiano não ser a primeira língua do papa argentino, e que ele pode não ter percebido que o termo em italiano é considerado ofensivo.
No passado, o papa já disse que “a homossexualidade no clero é uma questão muito séria que me preocupa”. Porém, durante seu papado, ele até angariou algumas críticas de setores da Igreja por uma suposta aproximação com a comunidade LGBTQIAP+. No ano passado, ele permitiu que padres abençoassem casais do mesmo sexo, provocando uma forte reação conservadora.
*Com informações de UOL