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Desmatamento cai 62% na Amazônia e 12% no Brasil, aponta MapBiomas

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O desmatamento no Brasil apresentou queda de 12% em 2023, segundo o Relatório Anual do lançado nesta terça-feira (28/5), pelo MapBiomas. Trata-se da primeira diminuição no país como um todo desde 2019.

A destruição diminuiu na Amazônia, Mata Atlântica e Pampa, e aumentou no Cerrado, Pantanal e Caatinga. O Cerrado ultrapassou pela primeira vez em cinco anos a devastação na Amazônia: foram 1.110.326 hectares derrubados na savana brasileira, um aumento de 68%, enquanto o bioma amazônico perdeu 454.271 hectares em 2023, tendo queda de 62% em relação ao ano anterior.

Juntos, os dois biomas representaram 85% da área desmatada no País no último ano.


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De acordo com o relatório, o Brasil perdeu o equivalente a dois Estados do Rio de Janeiro – cerca de 8.558.237 hectares – em vegetação nativa nos últimos cinco anos.

O MapBiomas é uma iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG/OC), produzido por uma rede colaborativa de ONGs, universidades e empresas de tecnologia organizados por biomas.

O relatório também mostra que a perda de vegetação nativa caiu nas Unidades de Conservação e Terras Indígenas em 2023. Nas UCs, foram desmatados 96.761 hectares, o que corresponde a uma queda de 53,5% em relação ao ano anterior.

Já nas Terras Indígenas, a redução foi de 27%, comparado a 2022. Foram 20.822 hectares perdidos nas TIs em 2023, o que equivale a 1% do desmatamento no Brasil no ano.

O secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, se pronunciou sobre o relatório, e afirmou que os dados do MapBiomas são convergentes com o mapeamento do desmatamento feito pelo ministério. Ele destacou que agora, além da Amazônia, os biomas do Cerrado e da Caatinga passarão a ser alvos de ações especiais do governo.

Segundo Lima, a pasta pretende aplicar medidas efetivas e rápidas de responsabilização por desmatamento e legal para, então, fortalecer a ação de fiscalização do Ibama nos casos de maiores desmatamentos ilegais. Ele disse:

“Naqueles Estados que não aderirem, a gente vai ter que trabalhar com Ministério Público, Tribunal de Contas para mostrar a efetiva responsabilização dos que deveriam estar fiscalizando e não estão”.

*Com informações de UOL

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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