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Fumar ou não fumar? O desafio de combater o vício em um mercado bilionário

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Especialistas em saúde ao redor do mundo são categóricos: a melhor opção é não fumar. No entanto, o mercado do tabaco continua a prosperar. Entre 2022 e 2023, o Brasil registrou uma receita bruta de R$ 10.977.929.575,49 com um crescimento de 15,1% em relação ao período anterior. Globalmente, cerca de 1 bilhão de pessoas são usuárias de produtos de tabaco. Diante desse cenário, como lidar com o vício e promover alternativas menos prejudiciais?

Para especialistas que lutam contra o crescimento do vício, a solução está na própria substância: o tabaco. Desde que discutido com transparência e regulamentação rigorosa, novos produtos podem oferecer uma alternativa menos nociva para quem deseja parar de fumar.

Alternativas ao Tabaco Tradicional

A Associação dos Defensores dos Consumidores para Alternativas Sem Fumo (CASAA) defende a oferta de recursos e opções para ajudar as pessoas a melhorar sua saúde. Alex Clark, CEO da CASAA, participou recentemente de uma cúpula em Washington, DC, onde especialistas discutiram o papel dos cigarros eletrônicos e produtos sem combustão.

Clark ressalta que políticas coercitivas falharam em reduzir o tabagismo.

“Uma mudança de comportamento sustentável resulta da concessão de recursos e opções. Nos EUA, estamos observando a primeira geração sem fumo, com o tabagismo entre os jovens abaixo de 2%”, afirma.


Saiba mais:


Redução de danos: um caminho promissor

Os especialistas na cúpula concluíram que, embora o cigarro seja prejudicial de qualquer forma, alternativas sem fumaça podem ser um caminho viável para quem deseja parar de fumar. Nancy Rigotti, diretora do Centro de Pesquisa e Tratamento em Tabaco do Hospital Geral de Massachusetts, enfatiza a importância da informação correta e da redução de danos.

Benjamin Toll, professor da Universidade Médica da Carolina do Sul, reconhece que, embora os cigarros eletrônicos não sejam a primeira linha de tratamento para parar de fumar, eles podem ser considerados em casos específicos. Mitch Zeller, ex-diretor da FDA, destaca a necessidade de uma discussão pragmática e menos hostil sobre o tema.

A Perspectiva da Indústria do Tabaco

A indústria do tabaco tem adotado um discurso mais realista nas últimas décadas. Dra. Andrea Constantini, da Philip Morris Internacional, defende a política de redução de danos. Ela compartilha sua experiência pessoal com a perda de familiares devido ao tabagismo e acredita que produtos menos agressivos poderiam ter prolongado a vida deles.

A British American Tobacco (BAT) segue uma jornada de transformação, incentivando a migração para produtos de menor risco. A empresa cita pesquisas do King’s College de Londres e da Cochrane, que demonstram que os cigarros eletrônicos são uma opção de menor risco e uma ferramenta eficaz para cessação do tabagismo.

*com informações do Metrópoles

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