O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, convocou nesta quarta-feira (22/05) uma eleição geral para 4 de julho e dissolveu o atual parlamento. A medida foi anunciada à imprensa em frente a 10 Downing Street, sua residência oficial.
Sunak afirmou:
“Hoje falei com sua majestade, o rei, para pedir a dissolução do Parlamento. O rei aceitou este pedido e celebraremos eleições gerais em 4 de julho”.
A data anunciada é anterior a que alguns esperavam, no que é uma estratégia arriscada para seu partido. Segundo as mais recentes pesquisas, o Partido Conservador, de Sunak, deve perder para o Partido Trabalhista, após 14 anos no poder.
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O primeiro-ministro aproveitou o anúncio para exaltar o Partido Conservador em meio à possibilidade de derrota, segundo o jornal The Guardian. Sunak disse:
“Não posso dizer o mesmo do Partido Trabalhista [sobre fazer o que é certo] porque não sei o que eles oferecem. E, na verdade, acho que você também não sabe. E isso é porque eles não têm nenhum plano. Não há ação ousada. E, como resultado, o futuro só pode ser incerto para eles”.
O líder da oposição, Keir Starmer, rapidamente publicou um vídeo em seu X (ex-Twitter), e disse que é “tempo de mudança”. Ele afirmou:
“A Grã Bretanha é ótima e motivo de orgulho, mas, depois de quatro anos sob os conservadores, nada parece funcionar mais”.
As eleições deveriam ser programadas para antes do final de janeiro de 2025, mas Sunak tinha se limitado a dizer até agora que elas aconteceriam “na segunda metade” deste ano. Ultimamente, pesquisas desastrosas para os conservadores aumentaram a pressão para que o chefe de governo convocasse os eleitores às urnas.
Após 14 anos dos conservadores no poder, marcados pelo referendo do Brexit e depois pela sucessão de cinco primeiros-ministros em oito anos, os britânicos parecem determinados a virar a página. As pesquisas dão aos trabalhistas, de centro-esquerda, cerca de 45% das intenções de voto, bem à frente dos conservadores, relegados para entre 20% e 25%, e do partido anti-imigração e anticlimático Reform UK (12%).
*com informações do UOL.