Com o escoamento da água nos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, além do retorno da energia elétrica em muitos locais, a manhã deste sábado (18/5) foi de faxina em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O sábado de sol favoreceu os trabalhos: Vários moradores e proprietários de estabelecimentos se organizaram para esforços de limpeza e reorganização.
O cenário em Porto Alegre é de muito lodo, lixo e árvores caídas pelas ruas. O shopping Praia de Belas, que desde o último dia 4 segue fechado, hoje teve a garagem reaberta para retirada de carros. No mesmo shopping, animais de um pet shop morreram por causa do alagamento.
Na Avenida Ganzo, no bairro Menino Deus, os moradores começam a voltar para casa e fazem mutirões de limpeza nas garagens. A moradora Maria Claudete da Silva, que ficou hospedada com amigos por 12 dias e precisou levar parte da família para o interior, falou à imprensa sobre o retorno:
“Ficar fora de casa é muito ruim. Tem uma hora que temos de retornar”.
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Thais Oliveira, outra moradora, foi forçada a buscar abrigo na casa de uma vizinha quando as águas subiram. Ela disse:
“O que pude eu subi para o andar de cima. Mas perdi muitas coisas mais pesadas, como roupeiro, cama-baú, hack, armário e sofá. A gente não imaginava que o impacto seria tanto”.
Na Quilombo Areal, comunidade negra situada no bairro Cidade Baixa, foram ao menos 85 famílias atingidas. Documentos históricos, banners e instrumentos musicais do projeto social Areal do Futuro ficaram submersos. A associação comunitária hoje se reuniu para iniciar os esforços de limpeza.
Até o momento, chegou a 155 o número de mortes devido às fortes chuvas que causaram estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul. Segundo o último boletim da Defesa Civil do estado, divulgado às 9h deste sábado (18/5), são 806 feridos e 94 desaparecidos. No total, há mais de 2 milhões de pessoas atingidas pela tragédia.
*Com informações de Metrópoles