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“Essa é uma pergunta que tem que ser feita para os prefeitos e ao governador”, diz Pimenta sobre o tempo de reconstrução do RS

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O ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, abordou os desafios da reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes no estado em entrevista à CNN nesta sexta-feira (17/5). Segundo ele, o tempo necessário para a reconstrução dependerá da situação específica de cada cidade.

Durante sua participação, Paulo Pimenta esclareceu que a definição dos prazos para a entrega de moradias e restabelecimento das áreas afetadas deve ser feita pelos prefeitos e pelo governador do estado.

“Essa pergunta é uma pergunta que tem que ser feita para os prefeitos, para o governador, porque vai depender de cada cidade”, afirmou o ministro.

Pimenta destacou que há um estoque de residências prontas para serem utilizadas, mas a aquisição desses imóveis depende do cadastro das pessoas afetadas pelas prefeituras.

“O governo federal vai garantir o recurso. Na medida em que os imóveis [perdidos em área alagada] forem identificados, o governo federal vai disponibilizar um recurso para que ele seja comprado”, explicou.

O ministro ressaltou que as cidades do Rio Grande do Sul estão em diferentes fases da enchente, o que impacta diretamente os prazos de reconstrução.

“Alguns municípios já começam essa nova fase, o rio já começou a baixar. Inicia-se aquilo que a gente chama de restabelecimento”, disse Pimenta.

No entanto, em outras regiões, especialmente no sul do estado, a enchente continua a crescer. Pimenta também abordou os problemas de infraestrutura que dificultam a saída da água em certas áreas da região metropolitana de Porto Alegre.

“Os diques que cercam a cidade romperam”, afirmou. Ele explicou que a privatização do DNOS na gestão Collor transferiu a manutenção do sistema de diques para as prefeituras, que em muitos casos não conseguiram realizar as manutenções necessárias.

A tragédia no Rio Grande do Sul resultou em altos números de pessoas afetadas.

“Nós ainda temos mais de 100 pessoas desaparecidas, por conta disso as operações, o trabalho de resgate não pode parar. Temos cerca de 80 mil pessoas em abrigos, o que exige uma grande logística de abastecimento, de água potável, remédios, itens de higiene pessoal. E também temos 500 mil pessoas fora de casa”, concluiu o ministro.

*Com informações da CNN

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