O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar, nesta quinta-feira (16/05), os recursos do PT e PL que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. Mas depois, a Corte suspendeu a sessão por causa do horário.
Iniciada às 10h (horário local), a audiência do TSE foi interrompida perto das 12h. Isso aconteceu devido a plenária do STF, que estava marcada para 14h.
Na ocasião, foi realizada apenas a leitura do parecer do relator, ministro Floriano de Azevedo Marques. O senador do União é acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Ele foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
A análise do TSE será retomada na próxima terça-feira (21/05), a partir das 18h (de Manaus). Será o único item da pauta. Até o momento, nenhum ministro votou no caso. As falas dos advogados de acusação e de defesa ficaram para terça.
Também se manifestará ainda o Ministério Público Eleitoral, que é contra a cassação de Moro. O vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa Bravo Barbosa defendeu, em parecer à Corte, a rejeição dos recursos e a absolvição do senador das acusações.
E depois das manifestações, a próxima sessão deverá ter o voto do relator. Na sequência, votam os ministros, nesta ordem: André Ramos Tavares, Isabel Gallotti, Raul Araújo, Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.
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Caso haja condenação, além de perder o mandato, Moro também ficará inelegível por oito anos (até 2030). Caso este cenário se confirme, deverá ser convocada uma nova eleição no Paraná para definir o substituto do parlamentar no Senado.
Moro é acusado de abuso de poder econômico por gastos supostamente excessivos durante a pré-campanha das eleições de 2022. Os partidos que entraram com as ações, PL e PT, entendem que houve desequilíbrio na disputa ao Senado do Paraná e recorreram da decisão do TRE-PR em absolver Sergio Moro.
No final de 2021 e começo de 2022, Moro esteve em pré-campanha à Presidência da República. Depois, desistiu e tentou ainda disputar o Senado por São Paulo até ser barrado pela Justiça Eleitoral. Só então passou a concorrer em seu estado de origem.
*Com informações da CNN Brasil e Agência Brasil