O brasileiro Heine Allemagne conquistou uma importante vitória sobre a Fifa na Justiça. Ele alega que é o inventor do uso do spray que é usado por árbitros em jogos de futebol para marcar o local das faltas e a distância das barreiras e conseguiu comprovar a situação aos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão foi dada nesta terça-feira (14/5).
A polêmica se arrasta há cinco anos. Em 2019, a Fifa solicitou a Justiça brasileira que a patente do spray fosse anulada, afirmando que o mineiro não havia inventado a ferramenta. Porém, em março de 2024, a entidade acabou derrotada na Vara Federal.
Agora a expectativa é que Heine receba um valor de aproximadamente 40 milhões de dólares (o equivalente a R$ 206,5 milhões na cotação atual). Afinal, a decisão ocorreu de maneira unânime, com cinco votos dos ministros a favor.
A Corte julgou que a Fifa teve uma atitude irregular, pois impediu que o brasileiro negociasse a sua patente. O STJ definiu que a indenização deve ser feita à empresa de Allemagne, a Spuni Comércio de Produtos Esportivos.
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Em entrevista ao site Itatiaia, Heine Allemagne comemorou a decisão do STJ e explicou quando a ferramenta foi utilizada pela primeira vez.
“Esse projeto começou na Taça BH, em que o América-MG se fez campeão com um gol de falta, aos 45 do segundo tempo, provando que essa ferramenta poderia ser decisiva e até mesmo decidir uma final de Copa do Mundo. À época, o Osmar Camilo era o presidente da arbitragem de Belo Horizonte e recepcionou esse projeto como uma experiência para o futebol e veio ganhando o mundo”, afirmou o inventor.
“Essa vitória não representa somente 23 anos de luta, representa ter vencido na parte técnica, porque o spray revolucionou o futebol mundial. Significa ter vencido a Fifa, que tentou anular as patentes e questionar quem seria o inventor. Eu venci a Fifa. É uma decisão, é o que chamo de final da Copa. A vitória veio com o reconhecimento completo, foi 5 a 0 em cima da Fifa. Foi muita perseverança”, acrescentou.
*Com informações da Itatiaia.