Após a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a engenheira civil Magda Chambriard, que foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para assumir o cargo.
A indicação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras em uma data ainda a ser marcada.
Com 67 anos, Magda Chambriard é graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com pós-graduação em engenharia química, além de tem uma longa trajetória na empresa e no setor de energia do país.
Magda iniciou sua carreira na Petrobras em 1980, atuando como engenheira estagiária. Em 2002, migrou para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde começou como assessora da diretoria. Em 2008, após aprovação em sabatina no Senado Federal, assumiu o cargo de diretora da ANP, e em março de 2012, foi nomeada diretora-geral, substituindo Haroldo Lima.
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A gestão de Chambriard na ANP foi marcada pela retomada dos leilões de áreas para exploração e produção de petróleo, e pelo vazamento de óleo durante a perfuração de um poço na Bacia de Campos pela empresa norte-americana Chevron. As decisões da executiva em relação ao 2º ponto incluíram a aplicação de multas pesadas a empresas que atuam na operacionalização de plataformas de petróleo, causando discórdias no setor.
Filha de Sérgio Raul de Barros Regina, advogado e professor de língua portuguesa, e Cândida Alves de Barros Regina, Magda traz um legado de dedicação ao setor energético. Seu sobrenome Chambriard vem do cirurgião Claude Jacques Chambriard, com quem foi casada.
Magda Chambriard substitui Jean Paul Prates na presidência da Petrobras. Prates foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de terça-feira (14/5). Ele havia assumido o cargo em janeiro de 2023.
Chambriard deverá ser a segunda mulher a presidir a Petrobras, depois de Graça Foster (2012-2015). Ela deverá aumentar os investimentos da estatal para ampliar a oferta de empregos e, ao mesmo tempo, segurar o preço dos combustíveis, como quer Lula.
Outro ponto crítico é a definição da política de dividendos da estatal. Durante a gestão Prates, a companhia decidiu pagar R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários. O montante equivale à metade dos R$ 43,9 bilhões que poderiam ser pagos referentes ao lucro da estatal em 2023. O tema ainda não está pacificado.
*com informações do Metrópoles e Poder 360