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Prefeitos e governo tentam acordo sobre desoneração da folha de cidades até sexta-feira (17)

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A discussão sobre a desoneração da folha de pagamento dos servidores municipais do país deve ser encerrada até sexta-feira (17/05). Os prefeitos de cidades de pequeno e médio porte e o governo federal tentam chegar a um acordo nesta semana.

A partir do dia 20, próxima segunda-feira, será retomada a cobrança de 20% de contribuição previdenciária para as prefeituras.

Uma reunião realizada nesta segunda-feira (13/05) entre representantes dos municípios e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terminou sem solução. O alívio seria válido para municípios de até 156 mil habitantes.

Os prefeitos sugeriram uma reoneração escalonada, começando em 8% em 2024, 10% em 2025, 12% em 2026 e 14% em 2027, valor que seria permanente. Mas, de acordo com os líderes municipais, o ministro da Fazenda insiste na retomada imediata dos 20% na cobrança.

“Vamos continuar em reuniões nesta semana. Os municípios ficaram 3 meses sem pagar e agora dia 20 tem que pagar a parcela do mês de abril, vai ter um impacto. Esperamos que esse ponto da desoneração seja acertado até sexta-feira. Nos deu a entender, o ministro Haddad, que ele quer voltar imediatamente aos 20%”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.

O modelo é parecido com o acordo fechado entre empresas e o governo, na semana passada. O modelo de reoneração gradual da folha de pagamento dos 17 setores da economia intensos em mão de obra foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para homologação.


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A contribuição previdenciária sobre os salários continuará zerada em 2024, e passará a ser retomada em 2025, com cobrança progressiva até chegar ao total de 20% em 2028. O presidente da CNM protestou contra o fato dos municípios serem excluídos do acordo.

“Como é que nós vamos ficar de fora, vão nos tratar diferente, quando não somos uma empresa, que busca lucro. Nós não estamos aqui contra reonerar ou não, nós queremos é solucionar, porque todos os municípios vão ser atendidos. A desoneração é só para quem está no regime geral, os do regime próprio (regime próprio dos municípios de previdência) estão em situação pior”, declarou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sugeriu que um novo texto de consenso seja apresentado ao Congresso Nacional, com um meio-termo entre o que o governo quer e que os municípios sugerem. Ele ainda defendeu o governo, dizendo que não existe má vontade por parte do Planalto ou Fazenda.

“É mais um problema de falta de compensação (financeira) do que um capricho do governo. Sugiro um substitutivo, que não seja os 20%, nem os 8% para todo o sempre. Uma proposta escalonada, até 2028, que pode ser uma alíquota de 14%,16%,18%. Nos cabe enviar uma proposta de equilíbrio federativo”, disse Pacheco.

*Com informações do Globo

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