O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) anunciou que cada família selecionada por meio do pix SOS Rio Grande do Sul, que é gerido por um comitê formado por entidades públicas e privadas – incluindo bancos -, receberá R$ 2 mil. Também foi definido que parte do dinheiro será utilizado para compra e entrega imediatas de 30 mil mantas diante das baixas temperaturas registradas desde quinta (9/05). O valor arrecadado está próximo dos R$ 90 milhões.
A informação foi divulgada pelo perfil oficial de Leite no X (ex-Twitter), no sábado (11/05) e atende aos recorrentes apelos feitos por políticos e pela sociedade civil diretamente envolvida nas ações de resgate e acolhimento das pessoas atingidas. De acordo com a Defesa Civil, são mais de 2 milhões de gaúchos afetados em 445 municípios dos 497 municípios do estado.
Leite não detalhou ainda quais critérios serão utilizados na seleção das famílias, mas a expectativa é que as pessoas que estão em abrigos tenham prioridade no atendimento, que será feito diretamente na conta bancária dos contemplados e para uso livre. São mais de 71 mil desabrigados vivendo de forma provisória em universidades e ginásios, por exemplo.
“Para ficar muito claro: o pix não é para o governo. O pix é para uma conta de uma entidade privada, que é da Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul. Não é dinheiro para o governo. Nenhuma das ações que nós anunciamos aqui vai consumir os recursos do pix”, repetiu o tucano ao longo da semana. “Os recursos serão para reerguer as vidas das pessoas”, explicou.
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Nos cálculos iniciais do governo, a reconstrução do estado vai custar ao menos R$ 19 bilhões. “São necessários recursos para diversas áreas. Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores”, declarou na quinta, 9. A previsão para este final de semana é de mais chuva. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há a possibilidade de registro de até 140 milímetros no domingo especialmente no norte e no leste do estado.
Críticas
Ao longo da semana, o governo do Rio Grande do Sul recebeu uma série de críticas em função da demora na utilização dos recursos arrecadados. O pix divulgado pelo governo gaúcho foi criado em setembro de 2023, quando temporais semelhantes (apesar de menos intensos) também deixaram um rastro de destruição pelo estado e ao menos 55 mortes. O decreto publicado na época sobre o comitê gestor segue válido, mas agora, diante da pressão política e do tamanho do caos, os recursos serão mais rapidamente liberados.
*com informações da Veja.