A Polônia pediu armas da União Europeia para a população se preparar para um possível ataque da Rússia. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, admitiu a presença de soldados da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia. A declaração dele aconteceu nessa quinta-feira (9/05).
Tusk, no entanto, não informou a quantidade de militares presentes no país liderado por Volodymyr Zelensky nem suas nacionalidades.
Segundo o General Krzysztof Król, conselheiro do Chefe do Estado-Maior do Exército Polaco, em entrevista à EuroNews, as pessoas se sentem seguras com a presença de soldados, mas querem estar prontas para a guerra.
“A proximidade das forças da OTAN é um elemento tranquilizador mas os habitantes querem estar preparados para qualquer eventualidade”, disse ele. Além disso, a formação militar, financiada pelo Ministério da Defesa, passou a fazer parte da grade curricular, neste ano, nas escolas.
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“Estamos a fazer tudo para preparar a nossa sociedade para se defender em caso de ataque”, disse Piotr Bartoszuk, diretor de uma escola ao falar sobre uma sala de tiro virtual instalada no local.
De acordo com a Euronews, 80% das aquisições de armas vêm de fora da Europa, sendo 60% dos Estados Unidos.
O especialista em defesa Łukasz Maślanka, do Centro de Estudos Orientais de Varsóvia, disse que as ideias são modestas e “perigosamente lentas” para se concretizarem.
“Ouvimos da França, Itália e Alemanha, palavras sobre a defesa europeia. Mas essas palavras não são seguidas de atos”, disse ele à Euronews.
“Hoje, não nos parece provável que Putin comece outra guerra com um país da OTAN. Mas quem sabe o que acontecerá daqui a dois anos? Não sabemos quem será o presidente dos Estados Unidos, ou se não haverá um governo populista num país europeu importante, o que poderia dificultar os esforços europeus para contrariar a agressão de Putin. Isto pode criar condições muito confortáveis para que ele prossiga a sua agressão na Europa”, alertou o especialista.