Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que o país pode lutar sozinho contra o grupo extremista Hamas. Ele fez um discurso extremado na quinta (9/5), no qual comentou a decisão do governo dos Estados Unidos de suspender o envio de bombas e armas a Israel, que se prepara para uma investida total na cidade palestina de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Os EUA prometeram que não mandariam mais armamentos a Israel se os militares invadissem Rafah, cidade em Gaza que serve de saída de civis para o Egito e entrada de ajuda humanitária. Segundo as Forças de Defesa de Israel, a cidade, que recebeu cerca de 1 milhão de palestinos fugindo da guerra, seria o último enclave do grupo terrorista Hamas.
Em seu discurso, após uma reunião entre israelenses e representantes do Hamas no Egito, Netanyahu disse:
“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos. Se precisarmos, nós vamos lutar com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas”.
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Ele também relembrou a guerra de Israel pela independência em 1948, afirmando:
“Houve um embargo de armas a Israel, mas com grande força de espírito, heroísmo e unidade entre nós, fomos vitoriosos”.
Depois do tom bélico, o primeiro-ministro abaixou o tom. Durante uma entrevista com o apresentador norte-americano Phil McGraw, Netanyahu se mostrou mais conciliatório com o presidente Joe Biden. Ele disse:
“Muitas vezes concordamos, mas também tivemos nossas divergências. Conseguimos superá-las. Espero que possamos superá-los agora, mas faremos o que for necessário para proteger nosso país”.
As Forças de Defesa de Israel já afirmaram que possuem armamentos suficientes para a tomada de Rafah. O porta-voz da FDI, contra-almirante Daniel Hagari, declarou:
“As FDI têm armamentos para as missões que estão a planejar, incluindo missões em Rafah. Temos o que precisamos”.
O governo do Hamas e órgãos internacionais apontam que há mais de 1 milhão de civis em Rafah. Por isso, os EUA e várias outras nações e instituições como a ONU pediram para que os israelenses não entrassem na cidade. Mas a operação já teve início.
*Com informações de Metrópoles