O coautor da Comissão Parlamentar de Inquérito, a “CPI da Semcom”, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Capitão Carpê (PL) declarou à reportagem da Rede Onda Digital, no início da tarde desta quarta-feira (8/5), que não tem interesse que o mecanismo de investigação tenha início somente após as eleições.
De acordo com o vereador, a base do prefeito conseguiu estabelecer o maior quantitativo de líderes partidários, resultando em um amplo domínio da base governista. Desta forma, a indicação dos membros titulares, do relator e do presidente da comissão passam pelas mãos dos parlamentares da base. Também partem deles o desejo de uma CPI somente em novembro, ou mesmo o impedimento dela.
“Na verdade, existe uma conversa de bastidores para colocar, em acordo com os líderes, a CPI após a eleição para não dar esse cunho eleitoral. Eu como coautor desse requerimento, pedindo a abertura da CPI, não tenho interesse algum que isso seja feito após a eleição. Na legislação eleitoral não existe proibição de abrir uma CPI em ano de eleição”, contou Carpê, ao término da reunião de líderes partidários desta quarta-feira (08/5).
Assim como os vereadores de oposição, Carpê se mostrou desanimado com o avanço da base do prefeito que vai conseguindo “esfriar” a comissão. Esta é a terceira semana que o assunto volta à pauta no parlamento, mas sem evoluir na oficialização dos trabalhos.
“Atualmente, a base do prefeito tem mais lideranças e consequentemente pode cair sim no colo deles a relatoria, presidência e até mesmo os membros e colocar em xeque a sua conclusão, já que não é de interesse da prefeitura que essa CPI prejudique (o prefeito) de alguma forma”, desabafou.
Pizza na CMM?
Na última segunda-feira (6/5), a reportagem da Rede Onda Digital destacou que a CPI poderá não somente ocorrer após a eleição, como nem ser iniciada, segundo informações obtidas exclusivamente.