O advogado e pré-candidato à Prefeitura de Manaus, Marcelo Amil (Psol), vai entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) por “abuso de poder econômico e político” devido a propaganda para o evento com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Manaus, que será realizado na sexta-feira (03/05) à noite. Na ocasião, Alberto Neto lançará sua pré-candidatura ao Poder Executivo Municipal na Arena Amadeu Teixeira, com as bênçãos de Bolsonaro.
Amil informou também que o Partido Socialismo e Liberdade ajuizará uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela mesma acusação. Para o advogado, a afixação
de um banner na Ponte Jornalista Phelippe Daou (Ponte Rio Negro), na segunda-feira (29/04), com a imagem do Capitão Alberto Neto e Jair Bolsonaro juntos, para divulgar a solenidade na Arena é um exemplo de violação da legislação eleitoral.
“Na verdade, o evento todo em si [de lançamento da pré-candidatura do deputado federal à Prefeitura de Manaus com a presença de Bolsonaro] já é um abuso de poder econômico. Aquele banner lá [estendido na Ponte Rio Negro] não custou menos de R$ 15 mil”, disse Marcelo Amil.
“Tem ainda diversos displays na cidade exibindo aquela imagem do Alberto Neto com o marginal [ao se referir ao ex-presidente]. Se tem outdoors na cidade e panfletagens nas grandes avenidas. Então, esse está sendo um evento gigantesco e o TSE já se manifestou no sentido de punir quem pratica esses abusos”, reforçou o pré-candidato do Psol.
Ainda conforme o advogado, as representações do Psol e dele como “cidadão e pré-candidato” na Justiça Eleitoral serão viabilizadas ainda nesta semana. A Rede Onda Digital procurou outros pré-candidatos à Prefeitura de Manaus para saber seus posicionamentos sobre um possível “abuso de poder econômico e político” pelo deputado federal do PL, mas nenhum se manifestou até o fechamento desta matéria.
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O Capitão Alberto Neto também não respondeu à equipe da Onda Digital. Porém, mais cedo o parlamentar se isentou da responsabilidade sobre afixação do banner de propaganda do evento com Bolsonaro na Ponte Rio Negro. Ele afirmou que a decisão de colocar a peça publicitária em local público, sem a autorização do Governo do Amazonas, partiu do movimento Direita Amazonas.
Alberto Neto garantiu, que a exemplo do PL, não possui nenhuma vinculação com qualquer movimento popular.