Em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, uma bebê palestina nasceu prematura em uma cesária de emergência minutos após a mãe ser morta por ataque aéreo israelense. A mulher estava grávida de 30 semanas. O pai da criança e a irmã mais velha, de 4 anos, também morreram no ataque de sábado (20/4).
A família palestina estava em casa, na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, e tentavam se proteger da guerra quando tiveram a casa atingida no sábado (20/4).
Os corpos foram encaminhados a um hospital, onde os médicos descobriram a gravidez de Sabreen al-Sakani e realizaram uma cesariana de emergência na tentativa de salvar a bebê, chamada de Sabreen Jouda. Segundo a imprensa internacional, a pequena lutou para sobreviver e necessita de ajuda para respirar.
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Um vídeo gravado no domingo (21/4) mostra a bebê dentro de uma incubadora na unidade de terapia intensiva neonatal. “Podemos dizer que há algum progresso em seu estado de saúde, mas a situação ainda está em risco”, disse o médico Mohammad Salameh, chefe da unidade. “Essa criança deveria estar no ventre da mãe neste momento, mas ela foi privada desse direito”, completou.
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O médico descreveu a bebê como uma órfã prematura, mas apesar de ter perdido os familiares mais próximos, a menina não está sozinha.
“Bem-vinda. Ela é filha do meu filho querido. Eu vou cuidar dela. Ela é meu amor, minha alma. Ela é uma memória do pai dela. Eu cuidarei dela”, disse Ahalam al-Kurdi, avó paterna da bebê.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de dois terços dos 34 mil palestinos mortos em Gaza desde o início desta guerra eram crianças e mulheres. O ataque aéreo israelense em Rafah matou 17 crianças e duas mulheres de uma família.