O Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta quinta-feira (18/04), fez uma votação sobre a candidatura palestina à adesão plena à organização.
Os Estados Unidos vetaram a resolução, mas 12 membros do conselho votaram a favor, incluindo três aliados dos EUA – França, Japão e Coreia do Sul. O Reino Unido e a Suíça se abstiveram.
Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina (o principal órgão governante dos palestinos), disse que o veto dos EUA foi “antiético”, mas Israel elogiou a medida, descrevendo a resolução como vergonhosa.
O conselho votou um pedido palestino para adesão plena à ONU. Os 15 membros foram convidados a votar um projeto de resolução, apresentado pela Argélia, que recomendava à Assembleia Geral da ONU, de 193 membros, que “o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas”.
Cinco nações estão permanentemente representadas no Conselho de Segurança, e cada uma tem direito de veto. Elas trabalham ao lado de 10 países membros não permanentes.
Se o Conselho de Segurança tivesse aprovado esta resolução, a Assembleia Geral teria votado e teria sido necessária uma maioria de dois terços para que a Palestina fosse admitida.
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Cerca de 140 países reconhecem a condição de Estado palestino, incluindo membros do Grupo Árabe nas Nações Unidas, da Organização de Cooperação Islâmica e membros do Movimento dos Não-Alinhados.
Alguns, incluindo os apoiadores de Israel, argumentam que os palestinos não se enquadram nos critérios-chave para a condição de Estado definidos na Convenção de Montevidéu de 1993 – uma população permanente, um território definido, um governo e a capacidade de estabelecer relações com outros Estados.
Mas outros aceitam uma definição mais flexível, com mais ênfase no reconhecimento por outros Estados.
Na semana passada, porém, a Austrália disse que poderia reconhecer a criação de um Estado palestino, para estimular o “impulso rumo a uma solução de dois Estados” negociada com Israel.
Os líderes de Espanha, Irlanda, Malta e Eslovênia emitiram uma declaração afirmando que trabalhariam no sentido do reconhecimento de um Estado palestino quando “as circunstâncias fossem adequadas”.