Três crianças foram encontradas mortas numa costa rochosa e inacessível no noroeste da ilha de Chios, no Mar Egeu, na Grécia. Elas estavam desaparecidas após o naufrágio de um barco de migrantes, comunicou a guarda-costeira grega, nesta quarta-feira (10/4).
“São três meninas de 5, 7 e 10 anos”, disseram as autoridades à AFP.
Está em curso uma operação de resgate em busca de outras vítimas que estavam a bordo do mesmo barco. Até agora, dezenove migrantes foram resgatados, incluindo oito menores e a mãe das meninas afogadas, conforme a guarda costeira. A polícia e os bombeiros também estão mobilizados para resgatar os sobreviventes e ajudar na busca por potenciais desaparecidos.
Segundo o canal de televisão público grego Ert, 27 passageiros, principalmente refugiados afegãos, estavam a bordo do barco. No entanto, segundo as autoridades, o número de passageiros, migrantes da costa turca, localizada a poucos quilômetros da Grécia, permanece “incerto por enquanto”.
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As autoridades gregas foram avisadas, segundo o Ert, por três afegãos que estavam a bordo do barco e conseguiram nadar até à ilha de Chios, durante a madrugada. As ilhas do nordeste do Mar Egeu são uma das portas de entrada para os migrantes que procuram chegar à União Europeia. Desde o início de 2024, foram registadas mais de 11.300 chegadas às ilhas gregas, segundo o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Cerca de 45 mil pessoas chegaram à Grécia em 2023, a maioria deles em ilhas perto da costa turca. Segundo as Nações Unidas, este é o número mais elevado em quatro anos.
Em junho de 2023, um barco proveniente da Líbia virou e afundou ao largo da costa de Pilos, no Peloponeso, no sul do país, provocando a morte de 82 pessoas e centenas de desaparecidos.
Estão em curso diversas investigações para esclarecer as circunstâncias do naufrágio e as responsabilidades da guarda costeira grega, acusada de ter demorado para executar o resgate.
*Com informações AFP