Segundo uma publicação do grupo israelense COGAT, organismo dos militares israelenses que gere assuntos civis neste território palestiniano, “419 caminhões com ajuda humanitária foram inspecionados e transferidos hoje para Gaza“, nesta segunda-feira (8/4).
O COGAT acrescentou que o enclave tinha recebido por via aérea 258 conteineres com alimentos e 29 outros caminhões com alimentação tinham entrado no norte da Faixa de Gaza durante a noite.
🚚419 humanitarian aid trucks were inspected and transferred to Gaza today (Apr. 8). This is the highest number of aid trucks that entered Gaza in one day since the start of the war. It follows a previous high of 322 trucks that were inspected and facilitated yesterday.
👇 pic.twitter.com/zsJ4TWly6v— COGAT (@cogatonline) April 8, 2024
Estes números são superiores aos que têm sido a norma nos últimos seis meses, mas ainda estão longe dos 500 caminhões com ajuda que entravam diariamente na Faixa de Gaza antes da invasão israelense, quando existia acesso generalizando a eletricidade e água corrente.
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Contudo, este aumento da ajuda disponibilizada ocorre dias depois de Israel ter se comprometido com a tomada de “medidas urgentes” para aumentar a quantidade de ajuda humanitária que permite entrar na Faixa de Gaza, depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter exigido uma melhoria da situação humanitária no enclave palestiniano.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o diretor da CIA, William Burns, esteve no Cairo durante o fim de semana para uma séria rodada de negociações pela libertação dos reféns mantidos em Gaza pelo grupo militante palestino Hamas e que o Hamas está neste momento revisando uma nova proposta.
Kirby disse que Washington quer ver um ritmo constante de 300 a 350 caminhões de auxílio humanitário entrando em Gaza todos os dias e proteções melhores a trabalhadores humanitários, após os ataques aéreos de Israel matarem seis funcionários da Cozinha Central Mundial na semana passada.
Durante o mês de março, a média de entrada diária de caminhões com alimentos e produtos de primeira necessidade na Faixa de Gaza foi de 159, o que já representou uma subida em relação aos meses anteriores.