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República Tcheca: hospital troca grávidas e realiza aborto em mulher saudável

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Uma mulher grávida de quatro meses sofreu um aborto indesejado em Praga, na República Tcheca, depois do hospital a ter confundido com outra paciente. O caso aconteceu no dia 25 de março, com a mulher que foi à unidade de saúde para realizar um check-up de rotina.

A mulher acabou por ser confundida com outra paciente: são ambas de origem asiática e não falam fluentemente a língua tcheca. De acordo com o jornal britânico The Sun, o caso aconteceu no Hospital Universitário Bulovka.

A troca das grávidas não foi detectado pela equipe médica, a paciente que deveria fazer exame de rotina foi colocada sob anestesia e os médicos realizaram uma curetagem (cirurgia em que é feita uma raspagem da parede do útero para remover seu conteúdo). Com esse procedimento o aborto foi consumado.


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Jan Práda, ginecologista e vice-presidente da Ordem dos Médicos tcheca, afirmou, citado pelo New York Post, que a barreira do idioma está, provavelmente, na origem do erro médico. “Uma paciente que fala tcheco provavelmente resistiria ativamente ao fato de ser submetida a um procedimento que não compreende”, partilhou o médico.

Segundo o Daily Mail, os profissionais de saúde envolvidos em todo o processo foram suspensos pelo hospital Universitário Bulovka, que está a investigar o caso.

“Como resultado de uma grave violação dos regulamentos internos por parte dos funcionários envolvidos, o procedimento cirúrgico foi iniciado na paciente identificada incorretamente”, confirmou um porta-voz do hospital, que garantiu que os profissionais “serão responsabilizados”.

Já o Ministério da Saúde tcheco apresentou, através do porta-voz Ondrej Jakob, “o seu profundo pesar à paciente e a toda a família”, garantindo que “houve um erro humano indesculpável. Jakob garantiu ainda que o hospital garantiu que vai resolver o caso e mostrou-se disponível para pagar uma indenização.

Na República Tcheca a interrupção voluntária da gravidez é legal até às 12 semanas de gestação. No entanto, caso existam razões médicas para tal, o aborto pode ser realizado até a 24ª semana.

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