O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou investigação para apurar possíveis negligências do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RG) pelas mortes causadas na crise de oxigênio em Manaus, ocorridas em 2021. Na época, o deputado federal era Ministro da Saúde.
Citado na delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, como um dos generais do Exército envolvidos em suposto plano de golpe de Estado, Pazuello enfrenta investigação que já foi para o STF e entregue ao ministro Gilmar Mendes, que também apura tanto a negligência do ex-ministro da Saúde quanto a de Bolsonaro e outros bolsonaristas durante a tragédia da pandemia de Covid-19.
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O Ministério Público (MP) identificou que 31 pessoas morreram por falta de oxigênio em Manaus, entre os dias 14 e 15 de janeiro de 2021, quando o sistema de saúde colapsou. Um documento da Advocacia-Geral (AGU) admitiu que a gestão Pazuello sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” dez dias antes.
Em 11 de fevereiro de 2021, o deputado que na época ainda era ministro da Saúde, afirmou ao Senado que não sabia sobre um eventual colapso no fornecimento de oxigênio dos hospitais de Manaus.
Passados dez dias após o pico do colapso, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito policial para investigar eventual conduta criminosa do então ministro da Saúde.
Durante a pandemia, o Brasil se tornou o segundo país que teve o maior número de vítimas fatais do mundo, contabilizando 226.000 mortes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos