O presídio de Tremembé e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do governo de São Paulo já receberam o ex-jogador de futebol Robinho, para o cumprimento da sua pena de nove anos em virtude da sua condenação na Itália por estupro coletivo.
Robinho deve ficar numa espécie de pavilhão especial, onde ficam os presos de crimes com repercussão nacional. É o caso, por exemplo, de Roger Abdelmassih, que cumpre pena de 173 anos de prisão por estupros e atos libidinosos contra 37 mulheres. Ele pode, inclusive, dividir cela com o médico, uma vez que a SAP agrupa os presos pelo tipo de crime, no caso, crime sexual.
O presídio é localizado no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
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De acordo com a rotina do presídio, os detentos contam com dois banhos de sol de apenas duas horas, um de manhã e outro de tarde.
As refeições são feitas exclusivamente dentro da cela, sem acesso a refeitório. Robinho terá direito a café da manhã, almoço e jantar com uma fruta, que pode ser usada como lanche ou ceia.
No começo da sua estadia em Tremembé, ele passará por um período de isolamento que pode durar de 7 a 15 dias, durante o qual o perfil dele será traçado por especialistas da SAP, que apontarão onde ele deve ficar preso.
As celas no local comportam de quatro a cinco presos. Esse é o caminho depois do chamado “regime de observação”.
As visitas são semanais e apenas aos finais de semana, mas Robinho só terá direito a elas depois de 30 dias da sua chegada no sistema prisional paulista.
Entenda o caso
Robinho foi condenado a nove anos de prisão em 2017 pela Justiça da Itália, por participar de um estupro coletivo. Ele teria estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão, na Itália. O crime ocorreu em 2013, quando o ex-atleta jogava pelo Milan.
Ao ser condenado, ele já estava morando no Brasil, e a legislação brasileira não permite extradição de um cidadão para outro país. Em fevereiro de 2023, o governo italiano pediu a homologação da decisão da Justiça do país que condenou o ex-jogador — o que permitiria que Robinho cumprisse a pena no Brasil. Em março, ele foi obrigado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a entregar seu passaporte.
Na quarta, 20/3, o STJ decidiu por homologar a condenação italiana, instituindo o cumprimento da pena no Brasil. A defesa dele entrou com pedido de habeas corpus para evitar a prisão, mas ele foi negado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux.
Com informações de CNN Brasil.