O governador Wilson Lima (União) anunciou nesta quarta (20/03) as primeiras propostas aprovadas em um edital lançado pelo Governo do Amazonas, que devem gerar mais de R$ 3,3 bilhões em novos créditos de carbono em duas Unidades de Conservação (UCs) do Estado. Com isso, o governo destrava o mercado de carbono no Amazonas, instituindo uma política inédita de desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Wilson Lima destacou que esse resultado foi possível após um trabalho intenso desde 2019, criando um arcabouço legal para o desenvolvimento econômico a partir da preservação da floresta em pé.
“Para que a gente pudesse chegar aqui, nós percorremos um longo caminho na construção de arcabouço legal, com a regulamentação da lei de Serviços Ambientais, consultando experiências já implementadas em outras partes do mundo, pedindo apoio de instituições que são renomadas para que a gente pudesse lançar o projeto e começar a colher todos os resultados. E uma das principais preocupações nossas foi que as comunidades estivessem inseridas nesse processo“, ressaltou Wilson Lima.
Os projetos incluem atividades como restauração florestal, turismo de base comunitária, bioeconomia e incentivo a cadeias produtivas locais. Inicialmente, os projetos beneficiarão as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma e do Rio Negro.
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A expectativa é gerar 28,5 toneladas de créditos de carbono apenas nessas duas UCs. Com a aprovação das propostas, as empresas poderão iniciar as iniciativas em parceria com as comunidades e o Estado, implantando ações sustentáveis que beneficiem as comunidades e fortaleçam a proteção ambiental.
Na estratégia, 50% dos recursos captados serão destinados diretamente às UCs, enquanto os outros 50% irão para o Fundo Estadual de Mudanças Climáticas (Femucs), visando melhorar a gestão ambiental e garantir a sustentabilidade financeira do programa.
O projeto será desenvolvido em conjunto com as Associações-Mãe das UCs e as comunidades, garantindo as salvaguardas socioambientais previstas na Lei de Serviços Ambientais do Estado do Amazonas, para assegurar que os projetos de REDD+, sigla para Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e Degradação Florestal, não causem efeitos negativos às comunidades locais, povos indígenas e populações tradicionais.
*Com as informações da Assessoria