Chamado de “El Dorado dos Mares”, os restos do Merchant Royal podem ser finalmente localizados. A embarcação afundou em Land’s End, na Cornualha, com uma fortuna estimada em 4 bilhões de libras – cerca de R$ 25 bilhões – em ouro, prata e joias. O navio se dirigia a Antuérpia (Bélgica) quando afundou durante tempestade, em 1641.
A bordo estava uma coleção com 45 toneladas de ouro, 400 barras de prata mexicana e 500 mil ‘pedaços de ouro’ (dólares espanhois).
Uma equipe de especialistas marinhos está preparada para iniciar uma caça ao tesouro do naufrágio mais valioso da história, que afundou há 400 anos, em algum lugar ao largo da costa da Cornualha.
Leia mais:
Bezerro nasce com duas cabeças e quatro olhos em fazenda nos EUA
Transição energética do Brasil atrai investimentos de sheiks árabes
O ex-pescador comercial e mergulhador Nigel Hodge lidera uma equipe de 11 pessoas em operação da Multibeam Services, uma empresa especializada na localização de naufrágios perdidos. A busca será iniciada em abril.
Hodge planeja passar todo o ano de 2024 procurando os destroços, cobrindo uma área de 517 quilômetros quadrados no Canal da Mancha, que divide o Reino Unido da França, de acordo com o “Metro”.
“Os dias em que as pessoas encontravam uma grande pilha de ouro e enriqueciam da noite para o dia já se foram”, esclareceu Hodge sobre a missão, citando leis rígidas sobre quem possui qualquer tesouro descoberto. Para ele, a grande motivação é encontrar respostas.
Novas tecnologias poderiam ajudar a resolver o mistério, já que a empresa possui embarcações subaquáticas não tripuladas no valor de US$ 3,5 milhões cada, capazes de descer 6.000 metros – mais fundo do que a parte mais profunda da área de busca – bem como moderna tecnologia de sonar.
O líder da missão afirmou que a busca será difícil, pois o trecho de água onde o navio afundou é notoriamente perigoso:
“Há milhares de naufrágios lá e o Merchant Royal é apenas um deles. Então, temos que literalmente vasculhar muitos destroços e identificá-los. Não é simples. Se fosse simples, já teria sido feito.”