O requerimento de pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), aqueceu o plenário da Casa Legislativa na manhã desta terça-feira (19/03).
De autoria da base oposicionista, formada pelos vereadores William Alemão (Cidadania), Capitão Carpê (Republicanos) e Rodrigo Guedes (Podemos), o documento está disponível para assinatura dos parlamentares na Casa e tão logo ganhou atenção dos vereadores. Um deles foi Jaildo Oliveira (PV): “Vou analisar, estudar, e depois vejo se assino”, disse.
Ouvido pela reportagem da Rede Onda Digital, William Alemão justificou a real motivação do pedido de abertura da CPI.
“Nós estamos falando de improbidade administrativa. Isso dá cassação direta do secretário (de comunicação, Israel Conte) e isso é responsabilidade direta do prefeito. E o secretário continua como secretário. Deveria ter sido afastado para melhorar as investigações. Lembrando: não existe uma caça às bruxas relacionada aos blogs e portais”, declarou.
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Com denúncia formalizada ao Ministério Público (MP) e à Delegacia Especializada em Combate à Corrupção no Amazonas (Deccor), o coautor do pedido, Capitão Carpê, deixou escapar que a CPI poderá ser instalada. O documento ainda está em fase de recolhimento das assinaturas.
“Não tenha dúvida nenhuma. Essa CPI não dará em pizza”, profetizou Carpê, atribuindo a responsabilidade da investigação para a Casa Legislativa.
“É dever moral da Câmara Municipal investigar esse caso que foi um absurdo. Não é comum que qualquer tipo de contrato de portal receba dinheiro em espécie. Nós denunciamos tanto no MP e na delegacia especializada de crimes de combate à corrupção”, frisou.
De saída do Avante, partido do prefeito David Almeida, o vereador Lissandro Breval declarou que a população precisa de uma resposta.
“É necessário explicar o fato desse pagamento em dinheiro dentro da prefeitura, dentro da secretaria de comunicação. O fato é que houve pagamento. Tem que ser esclarecido. A prefeitura não fez nenhum tipo de movimentação, a liderança do prefeito também não. A população precisa de uma resposta e a Câmara tem obrigação (dar essa resposta)”, declarou.
Em pronunciamento da tribuna da CMM, o principal opositor de David Almeida, Rodrigo Guedes, esclareceu que o tema é motivado pelo clamor popular. “A população exige investigação”, afirmou.
Cinco assinaturas
Com as assinaturas de Lissandro Breval e Thaysa Lippy (PP), além dos autores, a expectativa é de que nos próximos dias o documento obtenha o máximo das assinaturas permitidas, um terço (1/3) do plenário, ou seja, ao menos 14 assinaturas dos parlamentares.