A defesa de Daniel Alves solicitou liberdade provisória para o jogador nesta terça-feira (19/3), enquanto aguarda a sentença definitiva. O brasileiro está preso na Espanha, condenado por estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona em 2022. Não há prazo exato para esse pedido, e o resultado pode sair a qualquer momento.
Todas as partes compareceram a um tribunal de Barcelona para uma breve audiência a portas fechadas, destinada a avaliar o pedido de liberdade da defesa do atleta, sobre a qual o Ministério Público afirmou que é contrário.
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Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime fechado, pena deferida pela Justiça neste 2024. Segundo veículos de imprensa da Espanha, o brasileiro reforçou, em uma videoconferência para os magistrados que vão analisar o pedido, que ele não tentará fugir do país.
“Não vou fugir. Confio na Justiça e estarei sempre à sua disposição”, teria declarado. O jogador está detido no Centro Penitenciário de Brians 2, próximo a Barcelona, desde janeiro do ano passado.
A advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, afirmou que o cliente, em prisão provisória desde janeiro do ano passado, não deve continuar detido. Ela argumentou que o brasileiro já cumpriu um quarto da pena que o tribunal impôs no final de fevereiro – o que, em caso de sentença definitiva, o habilitaria a começar a receber benefícios penitenciários.
A defesa de Dani Alves também apresentou penas alternativas ao regime fechado, como o pagamento de uma fiança de 50 mil euros (aproximadamente R$ 274 mil), a entrega de seu passaporte e a apresentação a um juizado com frequência determinada pelo magistrado.
Os advogados de acusação e a promotoria se opuseram, entendendo que existe um risco de fuga de Daniel para o Brasil.
Atenuação
Parte da pena de Daniel Alves já foi atenuada em virtude do pagamento de uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil), dinheiro viabilizado pela família de Neymar. Por isso, o brasileiro, condenado a nove anos de prisão, cumprirá apenas quatro anos e meio em regime fechado. A sentença também determina cinco anos adicionais de liberdade supervisionada, uma ordem de restrição que impede sua aproximação da vítima durante nove anos.
*Com informações AFP