A escassez de coletes à prova de balas tem sido um desafio para os policiais militares do Distrito Federal, levando-os a revezar o uso desses equipamentos vencidos. O presidente da Caserna, Carlos Victor Fernandes Vitório, representante de cerca de 3 mil PMs do DF, destaca que essa falta de investimento em equipamentos de proteção individual é um problema antigo.
Há relatos de policiais trabalhando com coletes vencidos há pelo menos um mês, o que compromete sua segurança e expõe-os ao risco de contágio pela Covid-19. A prática de revezamento entre coletes válidos em reserva também é preocupante, pois aumenta a exposição desnecessária ao vírus.
“É difícil quantificar exatamente quantos PMs estão usando coletes vencidos, mas tememos que seja um número significativo, considerando a falta de investimento adequado em equipamentos de proteção individual”, diz Vitório.
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Em resposta, a Polícia Militar do DF admitiu a escassez do equipamento e informou que está substituindo os coletes das unidades policiais que não possuem reserva. Entretanto, o processo de compra enfrentou atrasos devido a impugnações de empresas e fiscalização do Tribunal de Contas. Após essas pendências serem sanadas, foi realizado um pregão internacional para a aquisição de 8.597 coletes balísticos de última geração, com chegada prevista para os próximos meses.
“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que estão sendo substituídos os coletes de unidades policiais que não possuem reserva de armamento, e que as unidades policiais que possuem reserva estão orientando os policiais que porventura estejam com coletes vencidos a retirar coletes novos dentro do prazo de validade na reserva de armamento antes de cada turno de serviço e depois devolver ao final”, afirma nota.
Embora a PMDF afirme que não faltem coletes para o efetivo de rua, a situação evidencia a necessidade de investimentos contínuos em equipamentos de proteção para garantir a segurança dos policiais durante o cumprimento de suas funções.
*Com informações do Metrópoles
