O Hamas apresentou uma proposta de acordo para uma trégua na guerra contra Israel. O texto foi apresentado para os Estados Unidos, Egito e Catar que são os mediadores do conflito. A proposta inclui a entrada de ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, o retorno dos habitantes a suas casas e a retirada das forças israelenses da região.
Em um comunicado, o grupo disse que também incluiu no acordo uma posição sobre libertar reféns israelenses, que estão sob seu poder desde 7 de outubro e que motivam a ofensiva Israelense. A Reuters obteve um relatório com detalhes da proposta, que está dividida em duas etapas.
Na primeira, o grupo soltaria mulheres, crianças, idosos e doentes. “Recrutas mulheres” israelenses também fariam parte do grupo. Por outro lado, há a exigência da libertação de 700 a mil prisioneiros palestinos. Na segunda fase, todos os reféns e presos seriam libertados.
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O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a proposta do grupo islâmico, dizendo que é baseada em “exigências não realistas“, sinalizando que um acordo não deve ser concretizado. Os principais entraves são as exigências do Hamas pela retirada das tropas Israelenses do enclave palestino e a libertação dos prisioneiros palestinos.
Egito e Catar têm tentado reduzir as diferenças entre Israel e o Hamas sobre como deve ser um cessar-fogo, no momento em que uma crise humanitária cada vez mais profunda, faz com que um quarto da população da agredida na Faixa de Gaza enfrente a fome.
O Egito está tentando chegar a um cessar-fogo em Gaza, aumentar as entregas de ajuda à Faixa e permitir que os palestinos deslocados no sul e no centro do enclave se mudem para o norte, disse o presidente Abdel Fattah al-Sisi nesta sexta-feira (15/03).
“Estamos falando em alcançar um cessar-fogo em Gaza, ou seja, uma trégua, fornecendo a maior quantidade de ajuda“, declarou ele à academia de polícia do Egito. Sisi também alertou contra os perigos de uma incursão israelense em Rafah, na fronteira com o Egito.