O líder de uma seita do Zimbabué compareceu a um tribunal nesta quinta-feira (14/03), acusado de abuso infantil depois de a polícia ter invadido sua fazenda e resgatado 250 crianças que faziam trabalho braçal. As crianças “foram submetidas a abusos como mão de obra barata, fazendo trabalho manual em nome de aprenderem habilidades para a vida”, segundo o comunicado da polícia.
As autoridades encontraram 251 crianças na fazenda que não frequentavam a escola, a maioria das quais não tinha certidão de nascimento. Eles também encontraram 16 sepulturas, incluindo sete de crianças, todas sem registro.
Ishmael Chokurongerwa, de 56 anos, foi descrito pela polícia como um autoproclamado profeta. Durante a operação, os membros da igreja ficaram sentados sob árvores e cantaram. Alguns foram posteriormente levados em ônibus escoltados por carros da polícia.
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Chokurongerwa mostrou a fazenda à polícia, incluindo uma piscicultura e algumas oficinas, bem como o local do túmulo. Em um comunicado, o porta-voz da polícia, Paul Nyathi, relatou que Ishmael Chokurongerwa, liderou uma seita com mais de 1.000 membros em uma fazenda a cerca de 30 quilômetros a noroeste da capital, Harare, onde as crianças estavam hospedadas.
Ele foi preso junto de sete de seus assessores “por atividades criminosas que incluem abuso de menores“. Nyathi disse que mais detalhes serão divulgados “no devido tempo, à medida que as investigações se desenrolarem“.
Conforme mostrado pelo tabloide estatal H-Metro, que acompanhou a polícia durante a operação, policias acabaram discutindo com mulheres crentes, vestidas de branco e com lenços na cabeça, que exigiam que as crianças resgatadas voltassem para a fazenda. Não foi informado para onde as autoridades levaram as crianças e algumas mulheres que as acompanharam.