A 26ª edição do Festival Amazonas de Ópera (FAO), considerado o maior do gênero na América Latina, foi cancelada por falta de recursos públicos. A informação foi divulgada pela SEC (Secretaria de Cultura e Economia Criativa).
O Festival Amazonas de Ópera foi criado em 1997. Ao longo dos anos, se tornou um dos principais eventos líricos da América Latina e ganhou repercussão internacional ao programar, além do repertório habitual, títulos raros ou menos encenados, como Lulu, de Alban Berg, ou Magdalena, de Villa-Lobos.
No início dos anos 2000, o Festival também promoveu a histórica primeira produção brasileira do ciclo completo de “O Anel do Nibelungo”, de Richard Wagner.
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Segundo o comunicado da SEC, o cancelamento do festival deste ano ocorre “uma vez que o está em vigência, por tempo indeterminado, um decreto de redução de gastos, para manter o equilíbrio orçamentário do governo e manutenção de serviços prioritários”.
Durante o encerramento da 25ª edição do festival no ano passado, o Governo do Amazonas chegou a divulgar as montagens que seriam executadas neste ano. Os espetáculos estavam previstos para acontecer do dia 16 de abril a 26 de maio.
O festival já tinha sido cancelado anteriormente, em 2015, mas foi depois retomado.
Leia abaixo o posicionamento da SEC sobre o cancelamento
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa informa que o Festival Amazonas de Ópera (FAO) não será realizado em 2024, uma vez que o está em vigência, por tempo indeterminado, decreto redução de gastos, para manter o equilíbrio orçamentário do governo e manutenção de serviços prioritários.
Por entender que o equilíbrio fiscal é prioridade para os futuros avanços na administração pública do Amazonas, a secretaria buscou nos últimos meses a captação de recursos, junto à iniciativa privada, dentre outras possibilidades de parcerias que viabilizassem a produção do evento deste ano, porém sem conseguir chegar aos valores necessários.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa reconhece e reforça o compromisso com a promoção e difusão da economia da cultura, como um vetor para alavancar a receita; na valorização dos artistas e dos fazedores de cultura e, na potencialização das manifestações artísticas no interior do estado.
*Com informações de G1 e Folha de S. Paulo.