Loren Montefusco de 22 anos, tem uma alergia extremamente rara à água. Ela diz se arranhar ao entrar no banho para aliviar as coceiras e queimações que sente causadas pela água. A jovem ainda afirma que evita ao máximo tomar banho e quando toma, precisa ser em menor tempo possível.
Loren notou a reação à água pela primeira vez quando tinha 12 anos e foi diagnosticada com urticária aquagênica aos 19 anos, condição rara que atinge cerca de 1 a cada 230 milhões de pessoas no mundo. Entre os sintomas da doença estão: coceira, manchas vermelhas e irritação na pele (urticária). Em casos mais graves, a exposição prolongada ou em alta quantidade podem levar até mesmo a um risco de choque anafilático.
Desde o seu diagnóstico, Montefusco diz que a sua condição piorou e os seus sintomas tornaram-se mais graves. Segundo a jovem, ela não pode entrar em uma piscina, hidromassagem, tomar banho de mar e até mesmo as gotas de suor a incomodam.
“Evito ao máximo tomar banho, mas achei nojento tentar não tomar banho, mas tive sorte de encontrar um grupo nas redes sociais de outras pessoas que também se recusam a tomar banho. Isso me faz sentir menos nojento. Tentei me lavar com um pano e água, mas ainda usa água e causa uma reação alérgica, então geralmente tenho que usar lenços umedecidos”, afirma a jovem.
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Embora pouco se saiba sobre esta condição rara, a literatura científica sugere que o início dos sintomas ocorra na adolescência e geralmente a reação começa no banho. Montefusco disse que a dor e a coceira são as piores coisas que ela já sentiu, ela também evita usar esfoliantes corporais, pois isso desencadearia ainda mais sua reação.
Assim que sai do banho, a jovem tem que se vestir rapidamente para evitar que o ar atinja sua pele, pois isso também aumenta a dor.
“Eu tento ao máximo não sentir coceira, mas não consigo evitar. É horrível. Parece que a coceira está bem abaixo da superfície da minha pele. Eu só tenho que aguentar. Nada ajuda ou impede e pode durar até uma hora”, diz.
A causa da alergia não é clara, mas pensam que a condição pode ser devida a um alergênico ou produto químico na água e não à própria água que desencadeia uma resposta imunitária. A maioria dos casos ocorre aleatoriamente, sem histórico familiar do distúrbio.