O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad (PT), defendeu nesta quarta-feira (28/02), durante a abertura da 1ª reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, a criação de uma tributação progressiva para bilionários e super-ricos.
Haddad participou do evento de forma virtual, porque no momento está se recuperando de uma infecção por Covid-19.
O ministro afirmou que a ideia, que será discutida em uma sessão com autoridades na quinta-feira (29/02), constituiria um terceiro pilar para a cooperação tributária internacional. A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) trabalha em uma solução de dois pilares, que inclui taxação de empresas multinacionais com lucros bilionáríos, por exemplo.
Em seu pronunciamento, Haddad disse:
“Reconhecendo os avanços obtidos na última década, precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”.
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O ministro também afirmou que a grande crise financeira de 2008 deixou o mundo mais desigual, e que países ricos precisam olhar pelos mais pobres, defendendo uma “taxação justa” dos super-ricos. Haddad afirmou:
“Chegamos a uma situação insustentável em que o 1% mais rico detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os 2/3 mais pobres da humanidade”.
O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O Brasil está à frente do grupo desde dezembro de 2023 e seguirá até novembro deste ano. A atual reunião ocorre em São Paulo, e o encerramento do mandato brasileiro será na cúpula de chefes de Estado, no Rio de Janeiro.
Ainda segundo o ministro, os integrantes das delegações do G20 vão discutir a possibilidade de criação de um imposto mínimo global sobre a riqueza. Outros assuntos também devem entrar em pauta.
Com informações de UOL.