Nesta quarta-feira (28/02), devido à greve dos trabalhadores aeroportuários na Argentina, as empresas Latam e Gol decidiram cancelar os voos programados entre o Brasil e o país vizinho. Os passageiros afetados têm a opção de reagendar seus voos para datas alternativas sem incorrer em custos adicionais, conforme anunciado pelas companhias aéreas.
Segundo a Gol, a paralisação dos trabalhadores argentinos afeta os aeroportos de Buenos Aires, Córdoba e Rosário, que receberiam voos da empresa hoje.
“Todos os clientes terão seus voos remarcados para outras datas e poderão realizar a alteração sem custos, de acordo com a vontade de cada passageiro. Clientes com bilhetes marcados para esta data estão recebendo comunicação por e-mail e SMS, de acordo com os dados informados no ato da compra, já podendo realizar a autogestão de seus bilhetes nos canais digitais da GOL”, informou a companhia.
Latam
A Latam explicou que o cancelamento foi necessário porque os trabalhadores em greve são responsáveis “pela transferência de passageiros e suas bagagens das estações das companhias aéreas para as aeronaves e vice-versa, entre outras tarefas”.
A companhia informou que o reagendamento da viagem pode ser feito para até um ano depois do primeiro voo, “respeitando a origem e o destino do itinerário”. Além disso, a Latam ofereceu aos clientes a possibilidade de reembolso dos valores gastos.
“Os reembolsos se aplicam sem ônus e para todos os cupons de bilhetes não utilizados”, acrescentou.
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Greve
Nesta quarta-feira, os funcionários da Intercargo, empresa argentina encarregada da infraestrutura aeroportuária, e da companhia aérea Aerolíneas Argentina, estão em greve devido a questões salariais. A Aerolíneas anunciou o cancelamento de 331 voos para o dia de hoje, impactando aproximadamente 24 mil passageiros.
Segundo a Associação do Pessoal Aeronáutico (APA), que está representando uma das categorias em greve, as empresas propuseram um aumento de 12%, apesar da defasagem salarial estar em torno de 70%.
Nos últimos anos, a Argentina tem lutado contra altas taxas de inflação, com um aumento de 20,6% nos preços ao consumidor registrado em janeiro deste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, nossos vizinhos enfrentam uma variação de preços de 254%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec).
