Israel realizou eleições locais nesta terça-feira (27/02) em meio à guerra na Faixa de Gaza, com dezenas de milhares de eleitores em áreas próximas ao território palestino e da fronteira norte com o Líbano sendo forçados a esperar para votar em outro momento do ano.
A votação aconteceu em 242 municípios, mas foi adiada em 11 distritos em áreas próximas à Gaza. A vida em grandes cidades como Tel Aviv voltou ao normal desde o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro, mas a guerra de quase cinco meses em Gaza deixaram muitas áreas fronteiriças desertas.
“Talvez seja uma decisão inteligente adiar a eleição para depois, quando as pessoas terão menos medo de voltar para casa. Se você andar pela cidade, ainda verá lugares atingidos por mísseis e coisas do gênero, então talvez as pessoas estejam com medo de voltar”, disse Yaara Maimon, de 24 anos, em Sderot, uma cidade do sul nos limites de Gaza onde as eleições locais foram adiadas para novembro.
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As eleições já haviam sido adiadas para além da data originalmente programada, 31 de outubro, e depois foram adiadas mais uma vez em janeiro, por conta dos combates. O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem visto seu apoio despencar. Mas as pesquisas indicam que o apoio geral à guerra em si permanece sólido entre os israelenses.
Os ataques de Israel na Palestina, disparados após o ataque do Hamas em outubro que matou cerca de 1.200 israelenses e estrangeiros, já mataram quase 30 mil palestinos, segundo as autoridades de saúde palestinas.
Nesta terça-feira (27/02), as esperanças de uma pausa nos combates aumentaram quando o presidente dos EUA, Joe Biden, indicou que um acordo poderia ser alcançado na próxima semana, antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadã.