Em entrevista ao Meio Dia com Jefferson Coronel, da Rede Onda Digital, nesta segunda (26/2), o deputado federal e pré-candidato a prefeito de Manaus, Amom Mandel, apresentou propostas para lidar com três grandes problemas da cidade: Arborização, flutuantes e aterro sanitário.
Uma das propostas de Amom é tornar Manaus uma referência em arborização plantando o máximo de arvores que a estrutura da cidade possa suportar. Segundo o IBGE de 2010, a capital é a terceira menos arborizada do país com apenas 23,90% de área de cobertura.
“Eu preciso que a equipe técnica defina de acordo com a área disponível na cidade, quanto a gente pode plantar, respeitando o plano diretor […] mas eu posso te dizer, nós vamos plantar a quantidade de árvores que Manaus suportar. Se for 1 milhão, se for 2 milhões (de árvores). Aí depende da disponibilidade técnica”, disse Amom.
Flutuantes
Para os flutuantes, Mandel sugeriu a delimitação de uma área específica, onde cada flutuante seria obrigado a ter uma estação de tratamento de esgoto. Além disso, ele propôs a criação de um programa municipal para auxiliar aqueles que desejam regularizar sua situação. Atualmente, a situação é crítica com uma decisão da justiça solicitando a retirada de todos os flutuantes da orla de Manaus.
“Olha, eu acho que nós podemos selecionar ali uma área específica para os flutuantes. Nós podemos ali exigir que cada flutuante tenha a estação de tratamento de esgoto e podemos inclusive abrir um programa municipal para ajudar ali as pessoas que queiram se regularizar”, diz deputado Amom.
Entretanto, o deputado ressaltou que a maior parte da poluição nos igarapés e rios da região não vem necessariamente dos flutuantes, mas sim do chorume do aterro sanitário da cidade. Ele criticou a falta de cumprimento das leis federais de destinação de resíduos sólidos pela prefeitura de Manaus e alertou sobre a construção de um novo aterro próximo a um importante manancial do Tarumã.
“No entanto, eu acho que vale dizer aqui, analisar que a maior parte da poluição, que chega no Igarapé, que chega lá no Tarumã, não vem necessariamente de flutuantes e sim do chorume do aterro controlado, do aterro sanitário que Manaus tem. Hoje, em Manaus, não tem onde jogar lixo. Acredita-se, quer Jefferson (entrevistador), mas a política nacional de resíduos sólidos, a lei federal que estabelece como deve ser destinado o lixo que vem da minha casa, que vem da sua casa, que vem da casa de quem está nos assistindo. Tem ali uma série de regras que não são respeitadas. Hoje, é plenamente pela prefeitura de Manaus. Pior do que isso, ainda estão construindo um novo aterro a menos de uns 30 metros da margem da nascente de um outro Igarapé. Então, se o Tarumã morrer, ele não vai morrer por conta das flutuantes”, diz Amom.
Aterro sanitário
Para lidar com o problema do aterro sanitário, Mandel sugeriu a adoção de tecnologias como a pirólise, que pode reduzir a quantidade de resíduos enterrados e prolongar a vida útil do aterro. Ele enfatizou que essas soluções já foram bem-sucedidas em outras cidades ao redor do mundo.
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O deputado enfatizou a necessidade de adequar os flutuantes à legislação ambiental, para respeitar o meio ambiente e cumprir as normas estabelecidas. Ele mencionou a existência de uma associação dos flutuantes do Amazonas (Afluta) que propõe medidas para garantir a sustentabilidade dessas embarcações.
“Eu daria é uma solução para adequar eles a legislação. Então, o que são os flutuantes? Jefferson, os flutuantes. Eles são embarcações não motorizadas, e as embarcações não motorizadas, às vezes, são imóveis e às vezes são comércio e assim, devem obedecer a critérios para não poluir o meio ambiente. O problema não é um empreendedor em si. É um empreendedor que não respeita a legislação ambiental. Sim, existe uma associação ali chamada de Fruta, associação dos flutuantes ali do Amazonas. E eles têm uma proposta para isso, os flutuantes deles têm ali tem estação de tratamento de esgoto. Eles conversam com outros donos de flutuantes para que os donos possam adquirir ali kits de extração de tratamento de esgoto e de água”, diz Amom.