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Bolsonaro, ex-ministros e militares depõem à PF nesta quinta (22) por tentativa de golpe

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A Polícia Federal (PF) espera ouvir, nesta quinta-feira (22/2), a partir das 14h30, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), mais 13 investigados sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, no âmbito da Operação Tempus Veritatis. As oitivas simultâneas e separadas inclui militares e ex-ministros do governo de Bolsonaro, que deve permanecer em silêncio.

Serão ouvidos os generais Walter Braga Netto, da Defesa e Casa Civil; Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa; o delegado da PF, Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública; o ex-comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, e ainda o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Além de outros ex-assessores de Jair Bolsonaro.


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Onze dos depoimentos ocorrerão em Brasília e três no Rio de Janeiro, no inquérito da Operação Tempus Veritatis, autorizada há duas semanas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Suspeito de ter analisado e alterado uma “minuta de decreto” que, segundo a PF, “embasaria a consumação do golpe de Estado em andamento”, o ex-presidente teve frustrados pedidos retirar Moraes da relatoria do caso e para ser dispensado de comparecer ao depoimento à PF. E sua defesa nega que ele tenha atuado na elaboração de qualquer decreto ilegal contra o Estado Democrático de Direito.

Outros depoimentos serão dos ex-assessores de Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara, investigado pelo monitoramento ilegal do ministro Moraes; Tércio Arnaud, que integraria um “gabinete do ódio”; do general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência; do coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães, que atuou no Comando de Operações Terrestres (Coter) e é suspeito de convocar integrantes das Forças Especiais para tentar um golpe; o ex-major do Exército e advogado Ailton Barros, preso na operação contra falsificação de comprovantes de vacinação de Bolsonaro, e o major do Exército, Rafael Martins, suspeito de coordenar financeira e operacionalmente atos antidemocráticos após as eleições de 2022.

Fonte: Diário do Poder

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